por Alessandro Dias
Mirassol, SP- A Arquidiocese de São José do Rio Preto (SP) instaurou uma comissão especial para investigar o fenômeno associado a uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, pertencente a uma moradora de Mirassol, que segundo relatos de fiéis, verte substâncias como mel, sal, azeite e vinho. Popularmente chamada de “Nossa Senhora do Mel”, a imagem tem atraído devotos de todo o país há mais de 30 anos.
Adquirida por Lilian Aparecida Montemor em 1991, em Portugal, a imagem teria começado a exsudar líquidos em 1993, fato considerado inexplicável pela ciência. Uma análise laboratorial realizada a pedido da Igreja em 2021 apontou que o mel vertido pela imagem não corresponde a nenhuma substância conhecida na natureza, o que reforçou ainda mais a aura de mistério em torno do caso. A imagem também foi perfurada na Unicamp, onde se constatou que é oca, mas não há explicação para a produção do líquido, que ocorre apenas na presença de pessoas.
A comissão formada pela Arquidiocese inclui teólogo, canonista, perito, notário e delegado, e seguirá protocolos estabelecidos pela Santa Sé. O grupo irá coletar amostras dos líquidos, analisar a composição e avaliar os atos de veneração para assegurar que estejam em conformidade com a doutrina católica.
Apesar da investigação, a Arquidiocese não suspendeu a devoção à imagem nem a peregrinação dos fiéis. O arcebispo Dom Antônio Emídio Vilar ressaltou que o processo segue com “lisura e seriedade”, buscando respostas diante da crescente procura de fiéis por informações sobre o fenômeno.
A proprietária da imagem, Lilian Montemor, não se manifestou sobre a apuração. Enquanto isso, a devoção à imagem segue firme, com o mel sendo consumido e doado aos fiéis que visitam o local.
Fonte: g1
Foto: Reprodução
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
Redação Regional Rádio Cidade FM