por Alessandro Dias
Da redação Tupã, SP- Empresas brasileiras começaram a adotar medidas drásticas, como férias coletivas, paralisações e demissões, após os impactos da tarifa de 50% anunciada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros exportados ao país. A medida está prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto e já afeta diretamente setores industriais ligados à exportação.
A BrasPine, fabricante de molduras de pinus com sede em Jaguariaíva (PR), comunicou nesta semana que concederá férias coletivas a 1.500 de seus 2.500 funcionários — a segunda paralisação do tipo em 2025. Segundo o CEO Eduardo Loges, a decisão visa preservar empregos e manter a viabilidade da empresa no longo prazo.
No Oeste de Santa Catarina, o Grupo Ipumirim, também do setor madeireiro, adotou medida semelhante, aguardando um possível acordo entre os governos para retomada das exportações em condições viáveis. Já a siderúrgica Fergubel, de Matozinhos (MG), anunciou uma parada técnica de até 30 dias.
A Sudati, especializada em compensados e MDF, optou por um corte mais severo: demitirá 100 funcionários nos próximos 60 dias.
As decisões refletem a tensão crescente no setor industrial brasileiro diante da iminência da tarifa norte-americana. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) está à frente das negociações com os EUA e chegou a se reunir com o secretário do Comércio, Howard Lutnick, na semana passada, mas as conversas ainda não avançaram.
Fonte: Canal Rural; Folha de São Paulo; CNN Brasil; Gazeta do Povo
Foto: Reprodução Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
Redação Regional Rádio Cidade FM