PARABÉNS: Aniversariando a Cidade de Junqueirópolis

BREVE HISTÓRICO

Apesar da cultura cafeeira estar em crescente fase de expansão em busca de terras agricultáveis ao oeste do Estado de São Paulo, no início do século XX, uma deficiência de conhecimento varria os órgãos oficiais com relação aos que denominavam de sertão paulista. 

Entendendo por sertão todas as terras localizada à oeste das últimas habitações feitas por pioneiros em direção ao Estado do Mato Grosso, o povoamento do que já denominavam de interior se restringia à recém-formados patrimônios e cidades que serviam de entrepostos para a promoção do desbravamento das terras nativas em direção às barrancas do rio Paraná.

Mediante alguns contatos esporádicos de interessados no projeto, vários reuniões nos idos de 1947 foram realizadas no Escritório Imobiliário para tratar da formação e das ações da Comissão Pró-Emancipação. Diante da organização, chegou-se a conclusão que o trabalho de elevação deveria ser dividido.

De um lado era necessário realizar uma conscientização local da população instalada no Patrimônio e nas cercanias. A preocupação neste sentido, estava num esclarecimento perante a sociedade com relação a uma eventual convocação de Plebiscito realizada pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo que poderia ocorrer após aprovação da reivindicação de elevação. Para isso, um trabalho de pedido de votos favoráveis à mudança da condição administrativa do Patrimônio Junqueira começou a ser realizado pelo Gerente do Escritório Henrique Coutinho. A organização deste trabalho de conscientização foi rápida e, de imediato, partindo de diretrizes e notícias vindas do escritório, muitos residentes em Junqueira foram sensibilizados formando um clima favorável para a convocação de um eventual Plebiscito.

Num outro plano encontrava-se, com sua influência, Álvaro de Oliveira Junqueira. Sua tarefa estava em manter contato com instâncias estaduais para saber do momento propício de encaminhamento à Assembléia do pedido de elevação. Mas, além desta sintonia, era necessário conquistar Deputados Estaduais para efetivar trabalhos que pudessem agilizar e promover o pedido. Isto não foi difícil tendo em vista que existia um interesse grande de deputados em pleitearem processos deste tipo, tendo em vista as possibilidades de crescimento político que os cercavam. 

Constituía-se desta forma uma estrutura favorável à elevação do patrimônio de Junqueira à Distrito de Paz, organizada desde a panfletagem perante a sociedade até a composição de grupos de Deputados Estaduais na capital.

Há quem diga que essa estrutura em favor da elevação foi tão grande que de imediato, aquilo que parecia ser um movimento de elevação a Distrito de Paz, ganhou vulto e a cogitação para a emancipação administrativa de Junqueira foi crescendo. A comunicação entre as instâncias mais superiores de análise do pedido com a sociedade era garantida justamente pelo trabalho massivo que o Escritório realizava perante a população. Dessa forma, um clima de euforia envolveu as poucas ruas abertas do Patrimônio com o propósito de pleitear uma elevação mais significativa: a circunscrição de município. Os contatos de Álvaro com autoridades estaduais era encorpado até mesmo com proprietários agrícolas das cercanias do vilarejo, o que possibilitava boas perspectivas com relação à dupla elevação de Junqueira.

No final de 1947, os trabalhos estavam adiantados ao ponto da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo decidir pela abertura de Plebiscito para elevação do Patrimônio de Junqueira à Distrito de Paz e Município simultaneamente. Diante desta decisão, algumas preocupações rondaram a vida daqueles que participavam diretamente do movimento. O que mais incomodava era, justamente, a denominação “Patrimônio de Junqueira”, que segundo a ótica de muitos participantes do Movimento Pró-Emancipação, soava como algo muito pessoal, dando a figura de Álvaro a personalidade de grande herói de tudo que até então acontecera. Para muitos que participaram deste processo de construção do vilarejo, acaso a confirmação da elevação fosse consolidada seria necessário discutir o nome do futuro município, pois o Patrimônio de Junqueira tinha sido originado a partir da ideia de que suas ruas estavam sendo abertas nas terras de Álvaro, mas que naquele momento, já não era totalmente dele. Por outro lado existiam aqueles inseridos no Movimento que defendiam o triunfalismo de Álvaro, pois este era considerado o grande empreendedor que colocara seu esforço em torno do empreendimento antes de todos, arriscando uma compra e organizando uma planta urbana com seus próprios recursos. Para estes, era importante a manutenção do nome.

Na colonização do oeste paulista durante o século XX, muitas cidades nasceram de pequenos arraiais, estabelecidos como ponto de pouso nas propriedades agrícolas por onde passavam as caravanas de colonos, que buscavam as lavouras de café e algodão do Interior. Foi o que ocorreu com Junqueirópolis, que se originou de um pequeno ponto comercial, estabelecido nas terras que Álvaro de Oliveira Junqueira havia adquirido, na década de 40, entre um monte, divisor dos rios do Peixe e Feio, no município de Lucélia. O povoado se firmaria, então, em torno da venda, com o loteamento que Álvaro Junqueira promoveu para os que quizessem morar em suas terras. A fundação oficial do vilarejo se deu a 13 de junho de 1945 e o nome que recebeu, Junqueirópolis, significa, literalmente, cidade (do grego, pólis) do Junqueira, isto é, uma homenagem explícita ao proprietário das terras e, por isso, considerado o fundador do município. Adjetivo pátrio – Junqueiropolense. Denominação promocional “Cidade Verde”.

Junqueirópolis possui atualmente 20.448 habitantes e fica localizado na Microrregião de Dracena.

PARABÉNS JUNQUEIRÓPOLIS PELOS SEUS 80 ANOS

Fonte: Prefeitura

Foto: Reprodução youtube; Flickr

Redação Regional Rádio Cidade FM




13/06/2025 – Rádio Cidade FM

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