por Alessandro Dias
Da redação Tupã, SP- O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) lançou um novo mapa-múndi com projeção cartográfica invertida, colocando o Brasil no centro e os países do hemisfério sul na parte superior do globo. A proposta, segundo o presidente do instituto, economista Marcio Pochmann, tem como objetivo destacar a liderança crescente do Brasil em fóruns internacionais como o Brics, o Mercosul e na realização da COP30, em 2025.
A iniciativa — anunciada nas redes sociais de Pochmann e no site oficial do IBGE — revive a polêmica de 2023, quando o instituto já havia apresentado um mapa com o Brasil centralizado, mas sem a inversão geográfica. Agora, a inversão total da orientação tradicional, que há séculos mostra o hemisfério norte no topo, aprofunda o debate sobre os referenciais históricos da cartografia, muitas vezes influenciados por visões eurocêntricas.
A reação nas redes foi intensa. Enquanto alguns classificaram a iniciativa como “lacração geográfica” ou “uso político de um órgão técnico”, outros elogiaram a proposta como um “ícone decolonial” que propõe uma nova forma de enxergar o mundo, a partir da perspectiva do Sul Global.
O lançamento ocorre em meio a uma fase turbulenta na gestão do IBGE. A direção comandada por Pochmann enfrentou críticas internas por iniciativas como a tentativa de criação da fundação de direito privado IBGE+, suspensa neste ano após pressão dos servidores. O sindicato da categoria chegou a acusar a gestão de autoritarismo, o que foi negado pela cúpula do órgão.
Fonte: Folhapress
Foto: Reprodução
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
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