por Alessandro Dias
Da redação Tupã, SP- O recente aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, anunciado pelo Banco Central, elevando a Selic para 14,25% ao ano, acendeu o alerta no setor produtivo, especialmente no agronegócio. Embora a decisão fosse aguardada por economistas, especialistas do campo avaliam que a medida pode comprometer a produção agrícola sem combater de forma eficaz as verdadeiras causas da inflação.
O aumento dos juros impacta diretamente o acesso ao crédito, dificultando a vida de pequenos e médios produtores, que dependem de financiamentos para custear a produção, adquirir equipamentos e investir em inovação. Mesmo com a estimativa otimista da Conab para a safra de grãos — que deve alcançar 328,3 milhões de toneladas —, os custos continuam altos e comprometem a rentabilidade dos agricultores.
Outro fator que afeta o setor é a variação cambial. Apesar do recuo recente do dólar, que caiu para R$ 5,64 após sete quedas consecutivas e atingiu o menor valor desde outubro, a desvalorização da moeda americana reduz a competitividade das exportações brasileiras. Por outro lado, o movimento cambial oferece algum alívio nos custos de insumos importados, como fertilizantes e defensivos.
O cenário fiscal do país também preocupa o mercado, gerando incertezas para investidores. Para Arruda, a solução não pode se restringir ao aumento de juros. A falta de previsibilidade gera incertezas e resulta em uma estratégia já conhecida: apertar os juros para tentar conter a inflação. Especialistas defendem medidas que facilitem o acesso ao crédito, incentivem a modernização do campo e promovam uma gestão fiscal mais responsável.
Fonte: Terra Viva; Agro Band
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
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