por Alessandro Dias
Auriflama, SP- A Polícia Civil identificou dez jovens vítimas de uma quadrilha suspeita de exploração sexual, estupros e cárcere privado em boates de cidades do noroeste paulista. As vítimas eram atraídas com promessas de trabalho, mas acabavam presas nos estabelecimentos.
As investigações começaram após a morte suspeita de uma mulher em uma boate de Auriflama (SP), inicialmente tratada como suicídio, mas que passou a ser investigada como homicídio ou indução ao suicídio. Durante as apurações, a polícia descobriu que as vítimas, em situação de vulnerabilidade, eram privadas de liberdade, impedidas de se comunicar e forçadas a consumir drogas vendidas pelos administradores das boates.
Relatos apontam que, além de agressões e ameaças, algumas jovens foram estupradas como forma de “quitação” de dívidas impostas pelo grupo criminoso. A mais velha das vítimas tem 25 anos, e há indícios de envolvimento de menores de idade. Segundo a delegada Caroline Baltes, as mulheres que tentavam fugir eram perseguidas e agredidas.
A operação contou com 36 policiais e identificou ao menos três boates operando ilegalmente. Nos locais, foram apreendidas drogas, armas, celulares e cadernos de contabilidade. Os estabelecimentos foram fechados por determinação judicial.
Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Auriflama, Catanduva, Pereira Barreto (SP) e Aparecida do Taboado (MS). Quatro pessoas foram presas, sendo duas em flagrante, e um homem continua foragido. A quadrilha é investigada por crimes como organização criminosa, favorecimento da prostituição, cárcere privado, estupro e homicídio.
Fonte: Polícia Civil; G1
Foto: Reprodução
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
Rádio Cidade FM