por Alessanro Dias
Da redação Tupã, SP- Os Correios, uma das maiores estatais brasileiras, atravessam uma grave crise financeira com um déficit de mais de R$ 2 bilhões até setembro de 2024. A situação pode levar ao despejo de pelo menos 200 imóveis alugados, incluindo agências e centros de distribuição essenciais para o funcionamento da empresa.
Um documento interno de outubro revela que 122 imóveis já estão em processos de despejo devido a atrasos no pagamento de aluguéis, com desocupações previstas para começar em 30 de novembro. Outros 127 contratos de aluguel vencem até o fim do ano, dependendo de renegociações para serem mantidos.
Entre os imóveis ameaçados estão:
Além dos aluguéis, a estatal enfrenta um passivo de R$ 9,5 milhões em IPTU, taxas de condomínio e outras pendências judiciais.
Para tentar reverter o cenário, os Correios adotaram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões e implementaram medidas de austeridade, como:
A estatal busca direcionar R$ 1,5 bilhão de um contrato para cobrir despesas, mas o processo ainda está em andamento.
Apesar das ações, a previsão de receita para 2024 foi revisada de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, projetando um prejuízo de R$ 1,7 bilhão.
Em meio à crise, os Correios confirmaram a realização de um concurso público com 3.511 vagas, garantindo que não haverá suspensão de provas ou contratações, nem demissões.
A atual administração atribui o rombo à gestão anterior, que apresentou lucros em três dos quatro anos do governo passado. Contudo, a crise financeira desperta preocupação em relação aos serviços prestados pela instituição.
Fonte: Revista Oeste; Revista Única; R7; Gazeta do Povo; Poder 360;
Foto: Reprodução Agência Brasil
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
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