por Alessandro Dias
Da redação Tupã, SP- Há quem torça o nariz ao ouvir o nome, enquanto outros salivam ao lembrar do prato. A dobradinha, também conhecida como bucho, é uma iguaria que divide opiniões, mas tem lugar garantido nas mesas de bares e botequins do Brasil.
Embora muitos pensem que se trata de uma receita tipicamente brasileira, suas origens remontam à Europa. Em países como Portugal, Espanha, França e Itália, os miúdos bovinos são aproveitados há séculos em variadas preparações. Foi pelos portugueses que o prato chegou ao Brasil, onde ganhou adaptações regionais e conquistou paladares apaixonados.
O preparo da dobradinha exige dedicação. Antes de qualquer tempero, o bucho passa por um rigoroso processo de limpeza, envolvendo sucessivas lavagens, escaldamento e o uso de limão ou fubá para remover impurezas e gordura. Atualmente, muitos frigoríficos já oferecem o produto pré-processado, facilitando o trabalho, mas nos restaurantes o cuidado com o sabor e aroma ainda é essencial.
O guisado clássico combina o miúdo bovino com feijão branco, bacon e linguiça, resultando em um prato rico e aromático. Para finalizar, cebolinha fresca e algumas gotas de pimenta dão um toque especial. Servida quente, a dobradinha é um convite ao paladar, especialmente nos dias mais frios.
Seja amada ou rejeitada, a dobradinha carrega a tradição de transformar ingredientes simples em verdadeiras experiências gastronômicas. Vale a pena experimentar e, quem sabe, se apaixonar. Afinal, nos botequins da vida, a dobradinha é mais que um prato: é um símbolo de sabores e histórias compartilhadas.
Fonte: Tribuna de Minas
Foto: Reprodução
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
Rádio Cidade FM