Por Alessandro Dias
A meta de inflação para 2024 está oficialmente ameaçada, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado para encerrar o ano em 4,55%, segundo o relatório “Focus” do Banco Central (BC). Esse índice, que compila as projeções de mais de 160 instituições financeiras, ultrapassa o teto da meta estipulada, indicando que mesmo eventuais altas de juros nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) podem não ser suficientes para reverter a tendência inflacionária.
Caso essa previsão se confirme, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se verá obrigado a justificar o descumprimento da meta pela terceira vez em seu mandato, que se encerra em dezembro de 2024. O documento deverá abordar, entre outros fatores, a instabilidade nas contas públicas, tema recorrente nas discussões do BC.
Em 2022, quando a inflação atingiu 5,79%, o BC apontou fatores como a inércia inflacionária de 2021, o aumento do preço do petróleo, choques climáticos e a retomada da economia pós-Covid como justificativas para o descumprimento da meta. No cenário atual, os especialistas observam um padrão distinto, em que o equilíbrio fiscal e a política monetária são peças-chave para frear o aumento contínuo dos preços.
Fonte: O Globo; Uol; Folha de São Paulo; Estado de São Paulo
Foto: Reprodução
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
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