Por Alessandro Dias
Duartina, SP- A Polícia Civil de Duartina (SP) abriu um inquérito para investigar uma possível negligência médica que teria levado ao aborto de uma adolescente de 14 anos na Santa Casa da cidade. O caso foi registrado como maus-tratos e omissão de socorro.
Segundo o boletim de ocorrência, a adolescente deu entrada no hospital na noite de 11 de outubro, grávida de 23 semanas, com fortes dores no ventre. Após exames iniciais, o médico de plantão não identificou anormalidades nos batimentos cardíacos do bebê e diagnosticou uma possível infecção urinária, recomendando que o diagnóstico fosse confirmado por exame de sangue no dia seguinte. Sem realizar um exame físico completo, o médico deu alta à paciente.
No entanto, no dia seguinte, 12 de outubro, a adolescente voltou a sentir dores intensas e retornou ao hospital. Relatos indicam que, apesar de a jovem ter alertado uma enfermeira sobre a sensação de que “algo estava saindo dela”, suas preocupações foram ignoradas. Pouco tempo depois, a adolescente sofreu um aborto, com o bebê ainda dentro da placenta.
Outro médico ginecologista foi acionado e tentou transferir o recém-nascido para a UTI Neonatal, mas sem sucesso. O bebê, com mais de 500 gramas, não resistiu e foi declarado morto. A família só recebeu a certidão de óbito uma semana após o ocorrido.
A mãe da jovem registrou a denúncia na delegacia, e o caso está sob investigação. A Polícia Civil busca esclarecer se houve omissão de socorro ou negligência por parte da equipe médica.
Em nota, a Santa Casa de Duartina declarou que não emitirá esclarecimentos públicos devido à legislação vigente. A coordenadora administrativa, Cilene Rodrigues, afirmou que “os fatos não aconteceram como estão sendo veiculados” e que a instituição disponibilizará todos os prontuários médicos para a Justiça, aguardando o resultado das apurações.
Fonte: Polícia Civil/G1
Foto: Reprodução
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
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