BRASIL: MINISTÉRIO DA SAÚDE JÁ SABIA SOBRE TRANSPLANTES COM HIV DESDE SETEMBRO, MAS NÃO CONTATOU VÍTIMAS

Por Alessandro Dias

Da redação Tupã, SP- O Ministério da Saúde estava ciente desde setembro sobre o caso de pacientes que receberam órgãos infectados pelo HIV. A informação foi enviada ao ministério pela Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro no dia 13 de setembro, mas, segundo as vítimas, não houve qualquer contato ou auxílio do ministério até quase um mês depois, quando o assunto foi divulgado em reportagem pelo jornalista Rodolfo Schneider, da BandNews FM Rio.

Em 13 de setembro, o Ministério da Saúde recebeu uma notificação eletrônica sobre um grave evento adverso relacionado à doação de órgãos no estado. Diante da seriedade da situação, a pasta emitiu recomendações urgentes à Central de Transplantes do Rio de Janeiro e aos órgãos de controle, que incluíam:

  1. Identificar e notificar imediatamente as equipes transplantadoras, hospitais e receptores;
  2. Revisar os protocolos de testagem dos doadores e os procedimentos de armazenamento de amostras;
  3. Realizar retestagem das amostras em laboratório de referência;
  4. Informar à Hemorrede estadual e nacional;
  5. Monitorar rigorosamente os receptores para detecção precoce do HIV e, se necessário, iniciar tratamento com medicamentos antirretrovirais.

Desde a notificação, uma investigação completa foi iniciada pela Vigilância Sanitária Estadual (VISA) e pela Anvisa, incluindo análise dos procedimentos laboratoriais realizados antes e após a captação dos órgãos, bem como revisão dos métodos de testagem.

O ministério também notificou formalmente os hospitais de referência onde os transplantes foram realizados, para que fossem adotadas medidas imediatas de proteção e assistência aos pacientes e suas famílias.

Quebra de sigilo

A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra do sigilo de dados eletrônicos e mensagens dos envolvidos na infecção por HIV nos transplantes. Sete pessoas estão sendo investigadas, entre elas os sócios e funcionários do PCS Lab Saleme, em Nova Iguaçu, que emitiram laudos falsos garantindo que dois doadores não tinham HIV, quando, na verdade, eram positivos. Seis receptores dos órgãos acabaram sendo infectados pelo vírus.

Funcionária se entrega

Na terça-feira (15), Jacqueline Iris Bacellar de Assis, funcionária do PCS Lab, que era considerada foragida, se entregou à polícia. Ela havia assinado um dos laudos que atestava erroneamente a negatividade para o HIV dos doadores, permitindo a realização dos transplantes. Na ocasião, Jacqueline estava associada a um registro profissional de outra pessoa.

Fonte: Band News; CNN Brasil; O Antagonista

Foto: Reprodução

Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias

Rádio Cidade FM




19/10/2024 – Rádio Cidade FM

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