Por Alessandro Dias
Da redação Tupã, SP- A recente viagem da primeira-dama, Janja da Silva, ao Catar, gerou questionamentos e críticas devido ao elevado custo, que ultrapassou R$ 283 mil. Janja participou de um evento sobre educação em Doha, a convite da sheika Mozha bin Nasser al-Missned, e esteve acompanhada por quatro assessores e oito policiais federais responsáveis por sua segurança.
Os gastos detalhados incluem passagens de última hora para os agentes da Polícia Federal (PF), que chegaram a custar até R$ 31,4 mil por pessoa, resultando em um total de R$ 186,2 mil. Além disso, as diárias somaram R$ 42,2 mil, elevando o valor total do deslocamento dos policiais para R$ 230,5 mil. Já os quatro assessores que acompanharam Janja, incluindo fotógrafo, ajudante de ordens, assessores de imprensa e do gabinete da Presidência, somaram um custo adicional de R$ 52 mil em passagens e diárias.
A magnitude dos custos envolvidos despertou críticas, especialmente em um momento de crise econômica e ajustes fiscais. Embora o governo tenha defendido a relevância da viagem para temas de cooperação educacional, o uso de recursos públicos em deslocamentos internacionais de figuras não diretamente ligadas à agenda de governo é alvo de intensos debates.
Esse episódio reforça a desconexão com a realidade, onde, principalmente quando o país enfrenta demandas urgentes em áreas como saúde e educação vemos recursos abundantes sendo dispensados para inúmeras viagens para eventos que poderiam ser promovidos de outras formas, o que requer um malabarismo extra em justificar gastos elevados, principalmente quando associados a tais eventos que poderiam ser abordados de outras formas, como por meio de videoconferências ou delegações menores.
A oposição ao governo já se manifestou, solicitando esclarecimentos adicionais sobre a necessidade da comitiva e os gastos de segurança. O governo Lula ainda não fez uma declaração oficial em resposta às críticas.
Fonte: O Estadão; Terra; Poder 360; Revista Oeste
Foto: Reprodução
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias