Por Alessandro Dias
Da redação Tupã, SP- Em mais uma brilhante jogada para resolver os problemas da segurança pública no Brasil, o governo Lula, em sua infindável sabedoria, decidiu que é hora de repensar como a polícia deve agir nas ruas. Afinal, para que facilitar a vida dos policiais quando podemos criar um manual de condutas que, na prática, vai torná-los quase que meros espectadores das ocorrências? Isso mesmo! A nova diretriz, que visa “limitar o uso da força” e “documentar cada ação policial”, é o passo ideal para garantir que, no calor de uma operação, ao invés de agir, o policial fique preocupado em preencher formulários.
A proposta, que atualiza uma portaria de 2010, pretende restringir abordagens policiais, como se a única coisa que faltasse para o país se tornar um paraíso de segurança fosse pedir licença educadamente antes de revistar um suspeito. Afinal, quem não gostaria de ver um policial explicando com calma e serenidade os motivos para revistar alguém em uma situação de risco? E claro, com uma justificativa por escrito logo em seguida! Porque se há algo que melhora a eficiência da polícia, é burocracia.
Mas o ponto alto da nova diretriz é a ideia de que armas de fogo só devem ser usadas como “último recurso”. Sim, isso mesmo! Porque quando se está no meio de uma troca de tiros ou uma situação perigosa, o ideal é parar, respirar fundo e pensar: “Será que já cheguei no último recurso? Ou será que posso tentar conversar mais um pouco?” Talvez um convite para um café ajude. Além disso, a documentação de cada passo da operação será obrigatória. A cena é quase poética: o policial anotando cuidadosamente os detalhes do que acabou de acontecer enquanto os criminosos fogem tranquilamente.
E não para por aí! Se a abordagem já parecia fácil, agora o uso de algemas só será permitido em casos de resistência clara, e sim, com uma justificativa por escrito, por favor. Quem sabe em breve não teremos um formulário especial para pedir autorização do suspeito antes de algemá-lo?
Se os estados não adotarem essas normas inovadoras, o governo terá uma resposta à altura: cortar os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública. Porque o que pode melhorar uma situação de segurança já precária? Sim, cortar mais verbas! Isso com certeza vai motivar as polícias a seguir essas diretrizes, mesmo que na prática signifique complicar ainda mais a já difícil missão de proteger o cidadão.
Prepare-se, Brasil. A segurança pública vai mudar. E não se preocupe: se algo der errado, sempre haverá um formulário para preencher.
Fonte: O Estadão; Gazeta do Povo
Foto: Reprodução/O Globo
Para Central Cidade de Jornalismo Repórter Alessandro Dias
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