
Por- Alessandro Dias
Da redação Tupã, SP- A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), acelerou para 0,44% em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento é mais do que o dobro do registrado em abril, que foi de 0,21%.
O principal fator que contribuiu para essa alta foi o preço da gasolina, que subiu 1,9% durante o período de coleta e adicionou 0,09 ponto percentual ao índice. Este resultado marca uma interrupção na sequência de dois meses de queda do IPCA-15, sendo o maior desde fevereiro, quando o índice chegou a 0,78%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 está em 3,70%, dentro da meta de inflação do governo, que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Este valor também está abaixo dos 3,77% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio do ano passado, o índice estava em 0,51%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram alta de preços em maio. As maiores variações ocorreram nos grupos de saúde e cuidados pessoais (1,07%) e transportes (0,77%). No grupo de transportes, a gasolina foi o item com maior influência na alta dos preços.
Além da gasolina, as passagens aéreas, que subiram 6,04%, também pressionaram a prévia da inflação. Apesar de essa variação ser maior que a da gasolina, o impacto deste combustível é mais significativo no IPCA-15 devido ao seu maior peso na cesta de produtos pesquisados pelo IBGE.
Para o grupo de saúde e cuidados pessoais, a alta foi influenciada pelos produtos farmacêuticos, que registraram um aumento de 2,06% após o governo autorizar um reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março.
A metodologia utilizada para calcular o IPCA-15 é a mesma do IPCA, que é considerado a inflação oficial do país. A principal diferença é que, no IPCA-15, os preços foram coletados entre os dias 16 de abril e 15 de maio. O índice leva em conta uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos.
O IBGE também informou que a divulgação de maio foi afetada pelo estado de calamidade na região metropolitana de Porto Alegre, que enfrentou alagamentos em maio. Isso fez com que os pesquisadores precisassem intensificar a coleta de dados por meios remotos, como telefone e internet.
Fonte: IBGE
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
Rádio Cidade FM








