Por- Alessandro Dias
Marília, SP- A Câmara de Vereadores de Marília recentemente implementou medidas que dificultam o acesso dos cidadãos a informações públicas em seu site oficial. Uma mudança significativa exige agora que os visitantes forneçam dados pessoais, como nome completo, CPF e e-mail, para acessar determinadas informações que, por lei, deveriam ser de fácil acesso ao público.
Essa nova política, além de outras consequências, parece desencorajar a busca ativa por informações por parte da população, dificultando o processo de transparência e accountability.
A alteração no site da instituição surge após a divulgação de uma reportagem em um veículo de notícias local que destacou os altos salários de alguns servidores da Câmara Municipal. Exemplos mencionados incluem um recepcionista que recebeu um salário bruto de aproximadamente R$ 283 mil em 2023, e uma agente de copa que recebeu cerca de R$ 161 mil no mesmo período.
Esses salários, muito acima da média para suas respectivas funções no setor público ou privado, levantam questões sobre a gestão de recursos na instituição.
A transparência na administração pública é um princípio vital em qualquer sociedade democrática. Ela não apenas fomenta a confiança dos cidadãos em seus representantes, mas também fortalece a participação democrática e contribui para evitar abusos de poder e corrupção.
A imposição de barreiras adicionais e a solicitação de informações pessoais para acessar dados públicos apenas serve para aumentar a desconfiança entre os cidadãos e minar a integridade do processo democrático.
É crucial lembrar que a transparência não é um favor concedido pelos órgãos públicos, mas um direito fundamental dos cidadãos. Os governantes têm não apenas uma obrigação moral, mas também legal, de garantir o acesso transparente às informações pertinentes, incluindo orçamentos, gastos públicos e decisões legislativas.
Fonte: Marília Notícias
Foto: Câmara Municipal
Para Central Cidade de Jornalismo – Repórter Alessandro Dias
Rádio Cidade FM