
O Conselho Curador do FGTS aprovou, nesta quinta-feira (7), o prazo maior, garantido junto à Caixa Econômica Federal, para que a Prefeitura de Bauru (SP) pague a dívida milionária da Companhia de Habitação Popular de Bauru (Cohab).
A ampliação do prazo de pagamento do saldo da dívida, de 20 para 30 anos, foi o principal resultado de uma rodada de renegociação realizada em Brasília (DF), entre a Caixa e uma delegação da prefeitura que contou com a prefeita Suéllen Rosim (PSC) e o secretário de Finanças, Everton Basílio. A rodada anterior de renegociação foi realizada no fim de março.
Além do prazo maior, a dívida da Cohab, que girava em torno de R$ 1,740 bilhão, caiu para cerca de R$ 470 milhões após aplicação de resolução do Conselho Curador do FGTS e de alguns créditos do Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS).
Reunião define por ampliação do pagamento da dívida da Cohab em Bauru
Essa dívida também tem relação com o escândalo revelado pela Operação de Barro, que investiga desvios de quase R$ 55 milhões da Cohab que teriam ocorrido entre os anos de 2007 e 2019, período em que parcelas dessa dívida não foram pagas, o que fez crescer o saldo devedor.
A operação, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, apreendeu mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro na casa do ex-presidente da companhia, Edson Bastos Gasparini Júnior, apontado como o operador do esquema.
Everton Basílio, secretário de Finanças, destaca que a ampliação do prazo foi um importante passo na renegociação da dívida — Foto: Reprodução/TV TEM
Independentemente desta nova redução, Basílio explica que a ampliação do prazo de pagamento de dívida já vai garantir à prefeitura um “fôlego” mensal de cerca de R$ 600 mil no valor das parcelas atuais, que passariam de R$ 2,5 milhões para R$ 1,9 milhão.
“Esse valor [R$ 600 mil mensais] já representa um importante fôlego, pois poderá ser investido em outras áreas. O direcionamento dessa sobra mensal é de responsabilidade da prefeita, mas acredito que vai para áreas como zeladoria e infraestrutura da cidade”, diz Basílio.