
por Alessandro Dias
Araãtuba, SP- O interior do Estado de São Paulo, incluindo regiões como Araçatuba, Bauru e São José do Rio Preto, apresentou os melhores índices de prática de atividade física em 2025, segundo pesquisa da Fundação Seade. O levantamento mostra que 58% dos moradores interioranos praticaram exercícios no último mês, superando os 52% registrados na Região Metropolitana de São Paulo e a média estadual, que ficou em 55%.
O bom desempenho é atribuído à maior disponibilidade de espaços públicos, como praças, academias ao ar livre e centros esportivos, além de uma rotina urbana menos acelerada do que a da capital. A pesquisa também aponta diferenças entre os perfis de praticantes: homens continuam mais ativos que mulheres — 61% contra 52% — embora no interior essa diferença seja menor, impulsionada pela ampliação da participação feminina em caminhadas, musculação e aulas coletivas oferecidas por prefeituras.
Entre os jovens até 29 anos, a participação caiu de 61% em 2024 para 53% em 2025, possivelmente devido ao retorno de rotinas intensas de estudo e trabalho. Já o grupo de 30 a 44 anos segue como o mais ativo, com cerca de 65% de praticantes. Entre idosos, a adesão cresceu 19 pontos percentuais desde 2019, mantendo metade da população acima de 60 anos envolvida em exercícios.
Oito em cada dez praticantes se exercitam ao menos duas vezes por semana, e 60% dedicam de 30 minutos a uma hora por dia. O estudo ainda revela aumento na parcela da população que paga para se exercitar, especialmente no interior, onde o índice chega a 52%, impulsionado pelo avanço de academias de baixo custo.
Apesar do avanço, 45% da população paulista segue inativa, principalmente por falta de tempo, problemas de saúde e escassez de espaços adequados. Nas cidades do interior, a falta de tempo tem crescido como motivo entre trabalhadores jovens.
A percepção sobre a infraestrutura urbana também favorece o interior, onde mais da metade dos moradores afirma ter boas opções de espaços para prática de atividades físicas. Ainda assim, apenas um terço dos paulistas utiliza esses locais, com queda entre os jovens em 2025. Parques, praças e academias ao ar livre seguem essenciais sobretudo para moradores de baixa renda, que veem nesses ambientes alternativas gratuitas às academias privadas.
O estudo reforça que o interior paulista se consolida como o principal polo de atividade física no Estado, com melhores índices de adesão e regularidade. O desafio permanece em ampliar o alcance da prática entre jovens, mulheres e população de baixa renda, para que os benefícios da atividade física sejam distribuídos de forma mais equitativa.
Fonte: Agência Brasil
Para Central Cidade de Jornalismo Repórter Alessandro Dias
Redação Regional Rádio Cidade FM









