
por Alessandro Dias
Da redação Tupã, SP- O governo federal contratou dois navios de cruzeiro de luxo para ampliar a oferta de hospedagem durante a COP30, em Belém, ao custo de R$ 260 milhões. A medida ocorre após denúncias de falta de leitos e reclamações de delegações internacionais sobre preços considerados abusivos na rede hoteleira local.
Os transatlânticos MSC Seaview e Costa Diadema, vindos da Itália, funcionarão como hotéis flutuantes, oferecendo cerca de 6 mil acomodações adicionais. Antes da preparação para o evento, Belém contava com aproximadamente 20 mil leitos para receber os cerca de 50 mil participantes previstos.
Além dos valores reservados para garantir o contrato, cerca de R$ 30 milhões já foram pagos antecipadamente para logística, organização e contratação da Embratur, que também receberá R$ 3,7 milhões por serviços de gestão do processo. Caso as cabines não sejam ocupadas, o governo arcará com o prejuízo.
As diárias, que variam de R$ 7.900 a R$ 48.562 para duas pessoas, intensificaram as críticas. Até agora, cerca de 1.700 reservas foram confirmadas, grande parte subsidiada pela ONU para delegações de países em desenvolvimento. As demais acomodações serão comercializadas seguindo diretrizes da UNFCCC.
O cenário se soma à pressão de 25 países que enviaram reclamações formais ao governo brasileiro sobre preços inflacionados na região, com relatos de tarifas até 15 vezes superiores ao valor de mercado. Algumas nações, como Suíça e Alemanha, reduziram suas delegações.
O Tribunal de Contas da União também apontou indícios de superfaturamento em contratos ligados à “Green Zone” e “Blue Zone”, incluindo cadeiras vendidas a R$ 1.650 — cerca de dez vezes o valor de mercado — e frigobares de R$ 1.400.
Fonte: Veja; Gazeta do Povo; Diário do Poder; ND Mais
Foto: Reprodução
Para Central Cidade de Jornalismo Repórter Alessandro Dias
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