A Prefeitura de Bauru (SP) anunciou, na noite de sexta-feira (14), uma nova mudança na administração das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Bela Vista e do Ipiranga, que vinham apresentando problemas no atendimento desde os primeiros dias do ano. Uma reclamação por demora e lotação, porém, foi registrada no primeiro dia da nova gestão.
Por conta dos problemas, a Organização Social de Medicina e Educação de São Carlos (Omesc), que assumiu as unidades no dia 1º de janeiro, pediu a rescisão de contrato cinco dias depois de começar a administrá-las e obrigou a prefeitura a fazer um contrato emergencial com a Fundação Estatal Regional de Saúde da Região de Bauru (Fersb), justamente a OS que havia sido substituída pela Omesc.
Para justificar a rescisão, a Omesc alegava pressão dos profissionais médicos, que, segundo a organização, queriam receber mais pelos plantões.
Com isso, a Fersb já voltou a gerenciar a escala dos médicos desde as 19h de sexta-feira. A Secretaria de Saúde informou que seguirá fiscalizando rigorosamente a gestão dos plantões para que as escalas sejam executadas em sua integridade.
Sobre o contrato com a antiga prestadora de serviços, a Secretaria Jurídica de Bauru informou que seguirá “tomando as providências cabíveis”.
Prefeitura de Bauru faz contrato emergencial para unidades do Bela Vista e Ipiranga
Na UPA do Jardim Bela Vista, o primeiro dia de mudança na gestão foi movimentado e continuou registrando reclamação de demora no atendimento.
“A espera está bem grande, mais de três ou quatro horas, e tem um pessoal aqui bem revoltado por essa situação. Acho que o atendimento poderia ser um pouco mais rápido”, afirmou a auxiliar de produção Maria Júlia dos Reis.
Auxiliar de produção Maria Júlia dos Reis afirmou que espera na UPA do Bela Vista estava entre três e quatro horas — Foto: Reprodução/TV TEM
Já pacientes que estavam com sintomas gripais esperaram menos. Na unidade da Vila Ipiranga, pouca gente procurou atendimento neste sábado (15).
A fundação contratada emergencialmente gerenciava os serviços médicos nessas unidades até o ano passado e foi alvo de investigação por uma CEI da Câmara de Bauru por suspeita de pagamento de plantões que não foram realizados.