João Victor Camiloto, de apenas 25 anos, saiu na manhã daquele dia, junto com alguns amigos, para um passeio em um quilombo, próximo a Iacanga (SP), quando perdeu o controle da motocicleta e bateu na defensa metálica da pista, tendo parte do corpo decepado com o impacto.

A morte trágica contrasta com um menino considerado alegre, divertido e responsável, que estava noivo e tinha acabado de conquistar sua primeira casa para dividir com a futura esposa, após uma relação de oito anos. O adeus inesperado, justo em um momento de conquistas para o filho, só potencializa a dor da mãe.

“Ajudava todos ao redor sem medir nenhum esforço, de fácil amizade, ótimo filho, irmão, cunhado, noivo, amigo, tio, perfeito em tudo. Trilhava um caminho lindo na vida. O sentimento agora é de dor, vazio, tristeza, angústia, sofrimento. Parece um pesadelo sem fim”, desabafa a mãe.

Naquela manhã, de acordo com Adriana, o filho parecia tranquilo e empolgado com o passeio, tornando tudo ainda mais difícil de entender quando a notícia chegou até ela.

“Um dos meninos do grupo ligou para a esposa, que avisou a noiva do João. As duas ficaram incumbidas de contar a ela sobre a tragédia. No momento da descoberta, perdemos o chão, o mundo desabou, não conseguimos acreditar. Uma hora antes, ele estava em casa com a família”, relembra uma das irmã, Mary Oliveira.

Os três irmãos, sobrinho, pais e noiva ainda caminham pelo luto e tentam se segurar nas boas lembranças ao lado de João. Santista de coração, o jovem desejava em breve conhecer a Vila Belmiro.

“A fase do time não era boa, mas ele era muito santista. Um dos sonhos dele era conhecer a Vila Belmiro. Já tinha planejado para outubro”, conta a mãe.

Nas redes sociais, as comoções se multiplicaram entre amigos e familiares. No enterro, na última segunda-feira (12), no cemitério Redentor, em Bauru, vários amigos fizeram uma passeata com moto.

A mãe Adriana, que ainda está sob medicação em virtude do abalo emocional, se divide entre a dor da perda, o sentimento de saudade sem fim e o agradecimento pela vida do filho.

“Como seguir em frente? Com muita fé e só lembrar de todos os momentos bons e felizes que ele nos deixou, porque, acima de qualquer coisa, foi alegria que ele nos deu. Creio que ele cumpriu seu legado na terra e agora está ao lado do nosso Deus Pai”, diz a mãe.

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