
Foi rejeitado o pedido da defesa do ex-presidente da Companhia de Habitação Popular (Cohab) de Bauru (SP), Edson Bastos Gasparini Jr., para que o processo criminal sobre as irregularidades apontadas na companhia fosse transferido para a Justiça Federal.
A decisão foi tomada pela 9ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
O processo criminal diz respeito à Operação João de Barro, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP), que apontou desvios na Cohab de quase R$ 55 milhões entre os anos de 2007 e 2019.
A defesa de Gasparini Jr. alega que como a ação envolve supostos desvios de valores de repasses da Caixa Econômica Federal, ela deveria ser remetida à esfera federal. O mesmo pedido já havia sido rejeitado em primeira instância pela 4ª Vara Criminal de Bauru.
Mais de R$ 1,6 milhão foram apreendidos durante operação do Gaeco em Bauru — Foto: Arquivo pessoal
Em nota, o advogado de defesa de Gasparini, Leonardo Magalhães Avelar, disse que irá recorrer da decisão. Ele informou que “o julgamento foi bastante acirrado, com pedido de adiamento da própria desembargadora relatora do caso para melhor avaliação da questão”, e que o “debate continuará no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, se necessário, no Supremo Tribunal Federal (STF), oportunidade em que será corrigida a competência para a Justiça Federal”.
Em dezembro de 2019, a investigação do Gaeco apreendeu mais de R$ 1.6 milhão em dinheiro na casa do ex-presidente da companhia, Edson Bastos Gasparini Júnior, apontado como o operador do esquema.
O processo do Ministério Público está em andamento na Justiça.
Gaeco apreende R$ 1,6 milhão durante operação que apura desvios na Cohab
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