O homem preso temporariamente possui histórico de violência doméstica contra a ex-mulher, de 26 anos, com quem tem uma filha de três anos, inclusive com expedição de medidas protetivas.

Consulta ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) mostra que o suspeito também responde processos por roubos e furto.

Segundo o boletim de ocorrência, registrado no dia 19 de fevereiro deste ano, a ex-mulher de Edson foi até a casa dele, no Jardim das Paineiras, em Garça, para reaver objetos pessoais e roupas.

A vítima contou à polícia que Edson vinha furtando seus pertences, o que motivou a separação mais recente do casal, em janeiro.

Ao chegar no local, a mulher disse que o suspeito a mandou entrar no imóvel e fechar a porta. No interior da casa, a vítima viu diversos pinos utilizados para armazenar drogas, que estavam vazios.

Dentro da residência, segundo o registro policial, Edson sacou uma faca e fez a mulher se ajoelhar. Ela teve os pés e mãos amarrados com cadarço e fio de cabo USB, além da boca tapada com um pedaço de camisa rasgada.

Durante todo momento, a mulher era ameaçada de morte. A vítima também foi agredida na cabeça com socos e chutes e tinha a faca passada por seu corpo.

Amarrada, ela foi obrigada a beber um líquido parecido com água em uma garrafa pet de dois litros. A vítima suspeita que havia algum alucinógeno na bebida, pois passou a sofrer “muita vertigem”, segundo seu relato.

Imobilizada, a mulher disse que foi abusada sexualmente. A violência aconteceu entre 22h e 2h até que o suspeito, que apresentava sinais de alucinação, disse que queria comer um lanche, e a vítima deveria levá-lo.

Ainda conforme o relato policial, no carro, a mulher passou a vomitar, mas disse que não sabe se o enjoo havia sido provocado pelo líquido que havia ingerido ou pelas agressões sofridas.

A vítima foi liberada, mas sob ameaça de morte se o suspeito fosse denunciado.

A vítima chamou a polícia, que apreendeu drogas na casa do homem, que conseguiu fugir. Ela recebeu tratamento médico na Unidade de Pronto Atendimento de Garça.

Nesta quinta-feira, quase um mês após o ocorrido, o suspeito foi visto em Garça. Ele se apresentou na CPJ de Marília, onde ficou detido até o encaminhamento para cadeia para cumprimento da prisão temporária.

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