Uma equipe formada por um sorocabano vai representar o Brasil em uma competição internacional na National Aeronautics and Space Administration (Nasa). O desafio é construir um equipamento para transportar objetos em solos instáveis de exploração extraterrestre.
José Augusto Marins é de Sorocaba(SP) e cursa administração na Unesp de Tupã (SP), mas conseguiu integrar um projeto aeroespacial da PUC do Rio de Janeiro (RJ).
“O administrador não vem para criar o cálculo inovador ou criar a fórmula mágica. Ele vem para monitorar, planejar e acompanhar essas coisas, seja pelo uso de métricas, seja com planilhas que consigam mostrar para a gente o que precisa ser feito. Muitas vezes vem também para estimular e motivar as pessoas a continuarem trabalhando”, explica.
O projeto Ares, que reúne estudantes de várias áreas e universidades, vai representar o Brasil na competição da Nasa. Quem fica no Rio de Janeiro já começa a preparar o protótipo e os estudos, enquanto quem está de longe ajuda a organizar tudo.
“Quando você sai do mundo teórico e vai para a prática, muita coisa dá errado, aparece um monte de imprevisto. Essa é a primeira competição desse tipo da equipe, então aumenta ainda mais o desafio para a gente, mas o pessoal está bem animado, estão já procurando ajuda de outras pessoas da faculdade que já têm mais conhecimento aplicado. Independente da colocação que a gente tiver agora, eu acho que vai ser uma experiência fantástica de aprendizado. A ideia é ir melhorando a cada competição, fortalecendo cada vez mais a equipe”, explica o professor Jan Krueger Siqueira.
Estudante de Sorocaba participa de competição internacional da Nasa
Por conta da pandemia, os integrantes das outras faculdades ainda não se conhecem pessoalmente. Eles vão trabalhando e se organizando a distância, com ajuda das tecnologias.
“A minha principal intenção é conseguir usar tudo que eu aprendi em três, quatro anos de faculdade, com os outros projetos também que eu faço parte, e disponibilizar para a equipe esse planejamento para que todos os projetos consigam de fato encaminhar”, explica José.
Luísa Leão é a capitã do projeto e foi convidada para estar presente na assinatura do acordo de cooperação entre Brasil e Nasa para a ida à lua. A equipe dela quer ainda fazer lançamento de foguetes, mas o foco até abril é o rover que será levado ao Alabama, no Estados Unidos, para a competição.
“A gente se preocupa em como melhorar a nossa produtividade, faz o acompanhamento das presenças, da entrega nos prazos estabelecidos, de como está o sucesso de um método de reunião, se a gente precisa mudar alguma coisa, ir se adaptando para sempre conseguir extrair da nossa equipe o melhor desempenho que puder”, explica.
José ainda não sabe se vai ter dinheiro para ir aos Estados Unidos, mas vai ficar na torcida. Para ele, fazer parte da única equipe de faculdade brasileira a participar da competição da Nasa já é uma vitória.