Servidores municipais de Marília iniciaram uma paralisação da categoria na manhã desta terça-feira (22) e uma assembleia está marcada para 18h para definir a continuidade da greve. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial e fizeram um protesto em frente à prefeitura.
De acordo com a administração municipal, no máximo duas escolas poderiam ser prejudicadas pela paralisação. Já o sindicato fala em 80% da rede municipal de ensino afetada. Demais setores ainda não teriam sido afetados. A prefeitura informou ainda que não irá se manifestar sobre a paralisação.
Os pais e responsáveis de alunos de duas escolas não puderam deixar os filhos para as aulas nesta terça-feira. O problema aconteceu na Escola Municipal Mãe Cristina e na Walt Disney. Já outras escolas também estariam atendendo de forma parcial.
Categoria exige reunião com o prefeito Daniel Alonso (PSDB) — Foto: Fernanda Marion/TV Tem
O objetivo do movimento, que concentra servidores municipais em frente ao paço, no Centro de Marília, é forçar uma reunião com o prefeito Daniel Alonso (PSDB) para discussão salarial. Os funcionários se queixam sobre a falta de diálogo.
O sindicato que representa a categoria alega que a defasagem salarial, por conta da inflação, já chega a 43% no acumulado dos anos de governo de Alonso.
A administração municipal, por sua vez, alega ter dado, em média, 10,46% de reajuste ao funcionalismo já em março, como efeito do plano de carreiras, sancionado em novembro do ano passado.
Paralisação pode desencadear greve por tempo indeterminado — Foto: Fernanda Marion/TV Tem
A categoria, no entanto, rebate as informações sobre o plano de carreira e afirma que o reajuste embutido no projeto foi de apenas 2%. Contudo, também houve aumento de 3% na alíquota do Instituto de Previdência do Município de Marília (Ipremm).
Na conta do sindicato, portanto, está havendo um reajuste negativo de 1% como consequência do plano de carreira. Além disso, o Sindmmar também reivindica aumento do vale-alimentação. Caso a entidade não seja recebida pelo prefeito, há ameaça de greve por tempo indeterminado.
A paralisação desta terça-feira foi acertada em assembleia na última sexta-feira (18), mas desde o dia 11 a categoria já entrou em “estado de greve”, situação que serve como alerta para a possibilidade de uma paralisação de fato.
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