O caso foi registrado por volta das 22h30. Consta no BO que uma equipe da Polícia Militar estava em patrulhamento pela Avenida Ademar de Barros quando viu uma movimentação de viaturas do Corpo de Bombeiros e foi informada de que um indivíduo havia ateado fogo em uma residência e que possivelmente estaria armado.

Na sequência, os policiais localizaram o rapaz, que estava perto da casa, ainda em chamas, e com ele havia um simulacro de arma de fogo e um isqueiro.

No local, ele foi questionado sobre a situação e “admitiu que havia discutido com familiares, havia sido desafiado e, portanto, ateou fogo na residência de sua genitora”.

Os policiais relataram que o interior da residência havia sido “inteiramente consumido pelo fogo”.

O padrasto do autor, um homem de 67 anos, disse que o rapaz pretendia ir a um local onde vende drogas, popularmente chamado de “biqueira”, e pediu para que ele o acompanhasse. O idoso negou o convite e o autor solicitou que ele emprestasse o veículo, o que também foi negado.

Em seguida, o padrasto falou que presenciou o enteado mostrar um simulacro de arma de fogo, dizendo que “ia na biqueira busca umas coisas e que ia meter o cano nos caras (sic)”.

O idoso saiu de carro do local, mas voltou depois que foi informado de que o indiciado pretendia vender a geladeira da família. Os dois discutiram e o rapaz pegou uma cadeira para arremessar contra o veículo. Novamente, o padrasto saiu de lá.

Ainda de acordo com o BO, o homem deu “umas voltas no quarteirão” e quando voltou percebeu que os bombeiros e viaturas policiais estavam no local.

Quando o idoso se aproximou do autor, que já estava algemado, foi feita a ameaça. A vítima afirmou que o enteado disse: “eu vou te matar (sic)”.

A mãe do autor, de 60 anos, foi ouvida na Delegacia Participativa da Polícia Civil. Ela relatou que o filho ficou “irritado” porque seu marido se recusou a sair com ele. A mulher ainda afirmou que, depois, uma pessoa foi até a residência para comprar a geladeira e ela disse que não era para vender e que chamaria a polícia.

Então, o autor ficou “nervoso” e derrubou o eletrodoméstico. Também conforme o BO, como a mulher percebeu que o filho estava “muito agitado”, ela ficou com receio e saiu da casa até que as “coisas se acalmassem”. Ela ficou sentada em um ponto de ônibus.

Na delegacia, o autor permaneceu calado.

O caso foi registrado como ameaça e incêndio em casa habitada.

O delegado ainda solicitou a conversão da prisão em flagrante em preventiva.