Em 2022, Nantes completa 25 anos de emancipação político-administrativa. Mas a história do município começou bem antes, por volta de 1925. De lá para cá, a cidade que é uma das mais jovens do Estado de São Paulo segue no caminho para o desenvolvimento do futuro.
Nantes nasceu do povoado chamado Coroados, com a chegada de imigrantes portugueses à região, que vinham para trabalhar na exploração de madeira, produto que era abundante na época.
O nome foi dado por estar nas proximidades do rio que tem esse nome, em virtude da existência dos povos indígenas.
O município de 3.215 habitantes, que tem como uma das características o sossego, começou de forma bem diferente, com a intensa luta pela posse de terras, carregada de tensão e agressividade. Como as propriedades eram terras devolutas, aconteceram grandes conflitos entre os posseiros. Em um desses embates, houve a morte do fazendeiro Messias Nantes, em 1951. Foi em homenagem a ele que o município foi batizado.
Avenida Central de Nantes na década de 70 — Foto: Cedida
Um dos desbravadores e fundador da cidade foi o português Aires Pinto. Ele chegou por volta de 1935, quando abriu uma serraria. O aumento da população propiciou a instalação de vários estabelecimentos comerciais. Em 1941, foi fundado o primeiro armazém da cidade, que pertencia a Eugênio Cardoso e Francisco Gato. Em 1942, houve a fundação da primeira pensão, de propriedade de Abel dos Santos.
No ano seguinte, foi aberta a primeira farmácia de Antônio Rufato. Vários estabelecimentos foram criados, como armazéns, açougues, bares e até uma casa de charque, que pertencia a Messias Nantes.
Em 1946 foi construída a primeira unidade de ensino, de madeira, que recebeu o nome de Escola Mista Água do Coroados.
Avenida Central de Nantes na década de 80 — Foto: Cedida
Em 1953, Coroados se tornou distrito de Iepê. O local cresceu ao longo dos anos e foi através da luta de lideranças da comunidade que teve início o movimento pela emancipação, por volta de 1990.
Participaram do processo Romeu Belon Fernandes, Higino Nunes da Silva, Antônio Ezídio da Silva Filho, Arconso Taveira Barbosa Júnior, Denir Leme Nantes e Edmur Ribeiro de Castro, entre outras pessoas.
A emancipação veio através do plebiscito realizado em 21 de maio de 1995 e por meio da lei nº 9.330, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo. O município faz divisa com Taciba, Martinópolis, Iepê e com o Estado do Paraná.
A primeira eleição municipal foi em 3 de outubro de 1996 e Aurélio Pereira dos Santos foi eleito o primeiro prefeito de Nantes, assumindo o cargo em 1º de janeiro de 1997. Também foi composta a primeira legislatura, com a criação da Câmara Municipal.
Atualmente, é o prefeito Marllon Jaffer Albano de Oliveira (MBD) que luta pelo progresso do município e de seus moradores.
Foto aérea atual — Foto: Cedida
Ser uma cidade pequena não é uma característica negativa em Nantes. Pelo contrário, todo mundo conhece todo mundo, formando uma cidade familiar, com ajuda mútua e acolhimento.
Entre as figuras ilustres da cidade, é possível citar três que, inclusive, ainda moram em Nantes. São eles: Higino Nunes da Silva, que atuou na conquista da emancipação do município, Aurélio Pereira dos Santos, primeiro prefeito eleito, e Miguel Machado, um dos pioneiros e que trabalhou na exploração de madeira.
Privilegiada pela natureza, Nantes possui belezas naturais, como as cachoeiras. — Foto: Cedida
A base da economia local é a agricultura, predominando a cana-de-açúcar, milho e soja, a pecuária de corte, a indústria madeireira e a pesca de subsistência. Seu relevo é composto por planícies, sendo propício para pastagens e lavouras. De 1945 a 1975 o algodão imperou no campo.
O município também tem um expressivo potencial turístico. Privilegiada pela natureza, Nantes possui belezas naturais, como as cachoeiras, que atraem visitantes de toda a região. A cidade está localizada abastecida pelos rios Jaguaretê, Laranja Doce e o Paranapanema – onde foi construída a Represa da Usina Capivara. Na cidade, há a opção de ir até a Praça Nossa Senhora Aparecida.
Ponte que dá acesso ao município – Rio Paranapanema — Foto: Cedida
O cidadão nantense tem visto gradualmente a melhora da sua qualidade de vida e do desenvolvimento social, com ações de relevância por meio do Fundo Social, com oficinas e projetos. Há a ênfase no incentivo à educação das crianças e jovens, proporcionando também alternativa às mulheres para conquista de seu espaço socioeconômico, além de crescimento pessoal e profissional.
Nantes completa 25 anos e segue no caminho para o desenvolvimento do futuro