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A primeira etapa do processo de limpeza e desassoreamento da lagoa de captação do Rio Batalha teve início nesta semana com as equipes do Departamento de Água e Esgoto (DAE) trabalhando para retirada de material orgânico depositado no fundo do reservatório, de parte das plantas aquáticas existentes local e no desassoreamento.
O Rio Batalha responde pelo abastecimento de água para cerca de 140 mil bauruenses. No ano passado, o manancial chegou a situação crítica por conta da estiagem, o que fez com que o sistema de rodízio fosse adotado desde abril do ano passado. No fim de novembro, a autarquia decidiu suspender a restrição no abastecimento para a população atendida pelo Batalha.
O processo para limpeza e desassoreamento do Rio será realizado em três etapas. A primeira inclui a retirada de material orgânico da lagoa de captação e dos pontos do rio onde há maior concentração desse material. A limpeza da lagoa deve se estender até fevereiro.
DAE inicia retirada de plantas e desassoreamento da lagoa do Rio Batalha em Bauru
A segunda etapa consiste no desassoreamento da lagoa com as dragas disponíveis no local. Finalizando essa fase, o DAE prosseguirá com a dragagem do leito do Rio Batalha com equipamentos especializados, como a escavadeira hidráulica anfíbia.
O DAE possui as autorizações necessárias do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), autarquia do governo estadual responsável pelo gerenciamento dos recursos hídricos do Estado de São Paulo, para realizar todo o processo de desassoreamento.
A retirada das macrófitas (plantas) aquáticas é realizada com a movimentação da vegetação por meio de uma grade de ferro lançada ao fundo do tanque e içada por cabos de aço presos ao trator que, remove o excesso das plantas com a raiz até a lateral da lagoa.
Lagoa de captação do Rio Batalha passa por processo de limpeza e desassoreamento em Bauru — Foto: DAE/Divulgação
As macrófitas aquáticas são plantas de água doce benéficas e podem ser emersas, com folhas flutuantes, submersas livres, submersas enraizadas e flutuantes. Elas se alimentam de resíduos orgânicos e ajudam a melhorar a qualidade da água.
Ao mesmo tempo em que são fontes de alimento para algumas espécies e filtram poluentes, o excesso dessa vegetação prejudica o curso do rio e pode interferir no ecossistema do local em que se encontram devido a sua decomposição.
A retirada total das plantas não é recomendável, já que pode alterar a qualidade da água e criar problemas ao gerar um estado alternativo de domínio de cianobactérias, indesejáveis pela sua possível toxidade. O ideal é que se faça um controle periódico da vegetação existente no rio.
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