Justiça decide que processo sobre a morte de músico a caminho de clínica de reabilitação será julgado em Jaú | Bauru e Marília

[ad_1]

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu que deve tramitar em Jaú (SP) a ação criminal contra quatro acusados de matarem Roberto Padrenosso Filho, conhecido como Betinho, a caminho de uma clínica de reabilitação em Valinhos (SP).

O crime aconteceu em novembro do ano passado e a dúvida que surgiu no processo era sobre em qual cidade deveria correr o processo, mas os desembargadores decidiram por unanimidade que a tramitação deve acontecer no município em que as agressões começaram.

A decisão saiu no dia 12 de maio e o processo foi redistribuído, de Valinhos (SP), onde se desenrolava, para Jaú na semana passada.

O promotor Rogério Rocco Magalhães, do Ministério Público de Jaú, apontou na denúncia contra os quatro envolvidos na morte do músico jauense Roberto Padrenosso Filho, conhecido como Betinho, que eles aplicaram um golpe de imobilização no pescoço da vítima conhecido como “mata-leão”.

O músico era levado pelos homens para uma clínica de recuperação em Valinhos, que fica cerca de 220 quilômetros de Jaú, no dia 8 de novembro, quando chegou morto a uma Unidade de Pronto-Atendimento da cidade.

Na denúncia, além do golpe de imobilização, também conhecido como “gravata”, Rocco descreve que o músico sofreu uma série de agressões que podem tê-lo levado à morte.

“No trajeto, o paciente reagiu e tentou abandonar o carro, clamando por socorro. Diante disso, os denunciados passaram a agredi-lo, desferindo nele socos e chutes e imobilizando-o com uma ‘gravata’, provocando uma série de lesões corporais que levaram à morte”, diz o promotor na denúncia.

  • G1 Bauru e Marília faz 10 anos: veja coberturas marcantes

Segundo o delegado responsável pela investigação, Aldo Eduardo Lorenzin, o inquérito sobre a morte e que apurava o envolvimento dos quatro homens que fizeram o transporte de Betinho foi concluído, porém uma nova investigação foi aberta para apurar a participação de uma quinta pessoa.

“Esse teria se apresentado, inicialmente, para a irmã da vítima como o responsável pela remoção do Betinho, mas desapareceu ao saber do óbito dele. Já identificamos essa pessoa e abrimos o inquérito para apurar o evolvimento dela no caso”, afirma o delegado

Os outros quatro envolvidos foram denunciados por homicídio, sequestro e cárcere privado. Na denúncia, o promotor Rogério Rocco Magalhães narra que a irmã da vítima havia contratado os serviços da clínica para o tratamento dele.

Ainda de acordo com a denúncia, os trâmites foram acordados com um dos denunciados, que se apresentou como responsável pela área médica da clínica. No dia do ocorrido, os denunciados foram até a casa do homem e o obrigaram a entrar em um veículo.

Ainda segundo o promotor, a intenção do grupo era levá-lo até a clínica, onde o paciente seria mantido em cárcere privado em troca de remuneração a ser paga pela irmã.

As investigações apontaram que o músico Betinho foi agredido ainda em Jaú. Segundo o delegado responsável pelas investigações foram ouvidas testemunhas que perceberam a movimentação no carro em que Betinho estava próximo a um shopping. Ainda segundo o delegado, todas as pessoas ouvidas deram as mesmas versões.

“Elas contaram que Betinho pedia por socorro de dentro do veículo. Eles pararam o automóvel, retiraram ele, o agrediram e o imobilizaram até que o amarraram com um cadarço. Depois o colocaram novamente no carro e foram embora”, afirma o delegado.

Veja no vídeo abaixo o músico durante um ensaio com banda, em 2015.

Vídeo mostra músico de Jaú que morreu a caminho de internação em clínica durante ensaio

Vídeo mostra músico de Jaú que morreu a caminho de internação em clínica durante ensaio

A irmã de Betinho também prestou depoimento. Ela confirmou que foi responsável pela contratação da clínica de reabilitação e disse que não pôde acompanhar o transporte do irmão, portanto não presenciou nenhum tipo de agressão.

“Ela quem contratou a clínica e apenas disse que não pôde acompanhar a remoção de perto, mas que viu de longe, sendo que de início o Betinho teria relutado a ir, porém acabou aceitando a remoção”, explica delegado Aldo Eduardo Lorenzini.

Músico de Jaú morre a caminho de internação em clínica de recuperação

Músico de Jaú morre a caminho de internação em clínica de recuperação

Músico de Jaú morreu quando era levado para clínica de reabilitação em Valinhos  — Foto: Facebook/ Reprodução

Músico de Jaú morreu quando era levado para clínica de reabilitação em Valinhos — Foto: Facebook/ Reprodução

O músico morreu ao ser transportado em um veículo para uma clínica de recuperação em Valinhos no dia 8 de novembro de 2021.

As quatro pessoas que faziam o transporte de Betinho para a clínica foram presas em flagrante no mesmo dia. Entretanto, duas delas foram soltas em audiência de custódia e outras duas tiveram a prisão preventiva decretada em Campinas.

Segundo informações da polícia, os quatro homens disseram que Betinho se jogou do veículo, porém, o caso foi registrado como homicídio.

Ainda segundo a polícia, as pessoas que buscaram Betinho em Jaú não tinham habilitação e nem credenciamento para realizar esse trabalho. Além disso, o transporte foi feito em um veículo inadequado.

VÍDEOS: assista às reportagens da região

Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília.


[ad_2]
Fonte: G1


26/05/2022 – Rádio Cidade FM

PUBLICIDADE

CONTATO

ONDE ESTAMOS

Rodovia Brigadeiro Eduardo Gomes – SP 457 Bastos / Iacri – KM 98 + 500Mts – CEP: 17.690-000.

© 2024 Cidade FM - Todos os Direitos Reservados.

INICIANDO...