Justiça conclui primeira audiência do julgamento de dono de motel acusado de matar funcionário a tiros | Bauru e Marília


Foi encerrada no fim da tarde desta sexta-feira (11) a primeira audiência sobre o crime envolvendo o dono de um motel em Marília (SP) acusado de matar um funcionário. O crime aconteceu no dia 31 de outubro do ano passado quando a vítima, Daniel Ricardo da Silva, que tinha 37 anos, chegava para trabalhar.

A audiência de instrução, que havia começado no último dia 31 de janeiro, foi interrompida por uma queda de energia. Na ocasião foram ouvidas apenas oito testemunhas de acusação.

Na continuação da audiência desta sexta-feira, realizada também de forma online, foram ouvidas oito testemunhas de defesa e realizado o interrogatório do réu, Dhaubian Braga Brauioto Barbosa, que também é coronel aposentado da Polícia Militar.

O policial da reserva foi interrogado remotamente do Presidio Militar Romão Gomes, na capital, onde está preso.

Ao final dos depoimentos, a defesa de coronel aposentado fez mais um pedido de liberdade provisória, que o juiz Paulo Gustavo Ferrari ainda vai analisar. Só depois disso é que o juiz irá definir pela pronúncia ou não do réu, ou seja, se ele irá ou não a júri popular.

À reportagem da TV TEM, o promotor Rafael Abujamra informou que o Ministério Público vai se manifestar contrariamente ao pedido.

O coronel aposentado é acusado de homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Segundo as investigações, Dhaubian atirou em Daniel quando ele chegava para trabalhar no motel.

Câmeras de segurança flagram momento em que coronel dispara tiros contra funcionário de motel — Foto: Tv Tem /Reprodução

Câmeras de segurança flagram momento em que coronel dispara tiros contra funcionário de motel — Foto: Tv Tem /Reprodução

Imagens do circuito de segurança do motel registraram o momento em que a vítima chega para trabalhar e também dois dos três disparos que mataram Daniel.

A motivação do crime teria sido passional. Segundo as investigações, a vítima tinha um relacionamento com a mulher do coronel, que também é policial militar. A arma dela chegou a ser apreendida no local do crime, assim como o arsenal encontrado em endereços do acusado, porém a arma utilizada no crime, não foi localizada.

Pedidos de liberdade negados

No dia 21 de dezembro de 2021, o TJ negou o segundo pedido de liberdade desde a prisão de Dhaubian que foi convertida de temporária para preventiva no começo deste mês de dezembro. No despacho, o desembargador Tristão Ribeiro identificou que no dia 1º de dezembro de 2021, quando foi oferecida a denúncia, Dhaubian já estava em prisão preventiva decretada.

A defesa do coronel aposentado sustentou que ele sofre constrangimento ilegal por parte do juízo de direito do plantão judiciário da 31ª circunscrição judiciária (comarca de Marília), consistente na decretação da sua prisão temporária.

Apontam que, ao tomar conhecimento de que havia mandado de prisão expedido em seu desfavor, Dhaubian, se apresentou de forma espontânea perante à autoridade policial e colaborou com as investigações e que o crime não foi premeditado, pois agiu em legítima defesa, além de possuir bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita.

O advogado de defesa, Charles dos Santos Cabral Rocha, informou que ainda cabe recurso dessa decisão e que a defesa estuda como irá recorrer.

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Fonte: G1


11/02/2022 – Rádio Cidade FM

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