Jornalista assediada por Célio de Barros fala sobre cassação do vereador: 'Machismo não pode passar' | Bauru e Marília


“Foi muito complicado, muito dolorido. Eu estava no carro com meu filho, que é autista, e meu marido quando ouvi o áudio. Foi difícil até explicar para ele quando ele disse ‘mas isso não se fala para uma mulher, mamãe'”, lamentou.

Elaine registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e entrou com a denúncia na Câmara Municipal. Emocionada com a decisão da cassação, a jornalista agradeceu o apoio que recebeu.

Na ocasião, o áudio com as ofensas foi entregue junto à denúncia. O vereador disse o seguinte durante a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que preside: “quando eu estava de prefeito, ela [jornalista] só faltava dar para mim” (escute abaixo).

“Foram três meses de luta. Enfrentamos várias liminares, vários mandados de segurança até chegar ao dia da cassação. Na votação, foi muito triste ver também vereadores votando a favor de outro que usou palavras machistas contra mim. Mas em nenhum momento eu recuei e espero que isso sirva de exemplo, tanto para homens servidores públicos, quanto para mulheres, que elas não se calem diante de agressões, denunciem. Estamos cansadas disso, o machismo não pode passar”, ressalta.

Questionado pelo g1, o vereador não se manifestou até a publicação desta matéria.

Jornalista denuncia vereador de Pardinho por assédio durante sessão de CEI

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O vereador Célio de Barros, o Celião (PSDB), foi cassado por quebra de decoro parlamentar após a denúncia de injúria contra a jornalista.

Durante a votação do pedido de cassação, seis dos parlamentares votaram a favor e três contra, sendo Renan Ebúrneo (PTB), Diego Ribeiro (Cidadania) e Marcelo Camargo (Cidadania). Quem assume a vaga é o suplente Rodrigo Costa (PSDB).

Em abril, segundo a denúncia feita pela própria jornalista, Celião, que também é presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta para investigar outro vereador envolvido em uma denúncia de desvio de verba pública, a teria criticado durante uma sessão da CEI e emitido um comentário de tom machista e ofensivo.

A sessão que votaria a cassação do vereador ocorreria no dia 4 de julho, mas foi suspensa pela Justiça, após o vereador Diego Ribeiro entrar com o pedido de cancelamento com a justificativa de que não teria sido oficialmente notificado para emitir o parecer.

O vereador Celião também havia entrado com um mandado de segurança na 3ª Vara Civil da Comarca de Botucatu (SP) para tentar suspender a sessão, mas teve o pedido negado pela Justiça.

Ainda em abril, a Câmara aprovou o afastamento do vereador Celião. Contudo, no dia 19 de maio, ele retornou ao cargo com uma liminar dada pelo relator Bandeira Lins, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

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Fonte: G1


13/07/2022 – Rádio Cidade FM

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