Hospitais filantrópicos do centro-oeste paulista, que mantém convênios com o Sistema Único de Saúde (SUS), aderiram ao movimento “Chega de Silêncio”, que reivindica reajuste nos valores pagos pela União por procedimentos executados nas unidades.
Parte dos hospitais suspenderam algumas cirurgias e outros tipos de atendimentos, enquanto algumas instituições deram apoio aos atos e participaram da instalação de outdoors sobre a demanda, mas não tiveram seus serviços afetados.
Em Marília (SP) a Santa Casa e o Hospital Beneficente Unimar (HBU) suspenderam parte dos atendimentos. Já a Maternidade Gota de Leite e o Hospital Espírita de Marília (HEM) apoiam os protestos, mas não interromperam serviços.
manifestação dos funcionários da Santa Casa de Jaú — Foto: Central da Notícia/Divulgação
A Santa Casa de Pompeia (SP) teve todas as cirurgias eletivas agendadas para esta terça-feira suspensas.
Em Jaú, a Santa Casa não suspendeu atendimentos, mas os trabalhadores fizeram um ato. A instituição afirma que em 2021 realizou 26% atendimentos além do conveniado com o SUS.
Os profissionais da Santa Casa de Ourinhos (SP) vestiram preto e durante todo o dia atendem a população na praça Melo Peixoto, com aferição de pressão, temperatura e prestação de orientações de saúde.
Sobre o movimento, a a Santa Casa de Marília esclareceu, em nota, que “desde o início do plano real, em 1994, a tabela SUS e seus incentivos foi reajustada, em média, em 93,77%, enquanto o Índice de Preços no Consumidor (INPC) em 636,07%, o salário-mínimo em 1.597,79% e o gás de cozinha em 2.415,94%”
De acordo com a instituição, “este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviço ao SUS, de todo o segmento”.
O g1 questionou o Ministério da Saúde sobre os repasses destinados aos hospitais, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.
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