A produção de amendoim no centro-oeste paulista atingiu a marca de 71 mil toneladas no ano passado.

Só em Tupã (SP), uma das principais cidades produtoras do estado de São Paulo, o grão foi responsável por quase 90% do faturamento da cidade com as exportações, sendo que mais de R$ 5,6 milhões foram destinados à venda para a Rússia e Ucrânia.

Em janeiro deste ano, a exportação para os dois países já rendeu cerca de R$ 4,5 milhões, segundo o Instituto de Economia Agrícola do Estado de SP. A expectativa seria para o valor bater recorde em fevereiro, mas o conflito mudou o cenário.

Segundo o CEO de indústria, Pablo David Rivera, em entrevista à TV TEM, já são quase 100 contêineres com destino à Rússia e 30 para Ucrânia. Entretanto, por conta dos portos fechados, contratos foram cancelados e o pagamento do que já foi negociado também não foi garantido, graças às sanções econômicas à Rússia.

“Para você ter uma ideia, em cinco anos aumentamos 67% as exportações no Brasil. Em cinco anos para a Rússia aumentamos 100% e para a Ucrânia quase 1.000%. Então, o problema é muito grande para nós”, comenta.

Além do prejuízo nas exportações, já existe previsão na desvalorização da saca de amendoim. O mercado do grão passava por um bom momento em 2020, já que o preço médio de uma saca de 25 quilos era pouco mais de R$ 84.

Em 2021, mais de R$ 96. Porém, neste ano, varia de R$ 65 a R$ 70, queda explicada pela alta nos custos de produção e pela maior oferta do grão.

À TV TEM, o produtor rural, Eder Brandão disse que já colhe o amendoim nas lavouras e prevê uma queda de 15% no volume da produção, por conta da falta de chuva.

Na plantação, o que mais o preocupa é o equilíbrio do quanto se gasta para produzir e o valor final que se paga pelo grão.

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