Você já viu uma fábrica de casas? Em países como Estados Unidos, Alemanha e Japão, o método de construção off-site já é bastante comum. Por lá, várias casas são construídas fora do canteiro de obras, para só depois serem transportadas e finalizadas no terreno onde vão abrigar as famílias.
Em Itapetininga (SP), uma marca lançou, na semana passada, um empreendimento de casas que será construído a partir do método. Com sede em Jaguariúna, a fábrica também fez projetos para Leme, Mogi das Cruzes, Santa Bárbara d’Oeste, Iperó e Araraquara.
“A nossa marca só trabalha com o método off-site. Os imóveis são produzidos em uma fábrica e transportados para os canteiros de obras apenas para montagem e acabamento. No Brasil, isso é relativamente novo, mas em outros países essa técnica é difundida há mais de 100 anos”, explica o diretor executivo da marca, Alex Hamada.
Casa foi construída pelo método off-site em Iperó (SP) — Foto: Alea/Divulgação
Agora, a ideia é expandir a tecnologia no interior de São Paulo. Com um retorno bastante positivo dos clientes, o diretor afirmou que, em 2026, a fábrica será capaz de produzir 10 mil casas por ano, o equivalente a uma casa pronta a cada 36 minutos.
Em Itapetininga, o empreendimento da marca será um condomínio fechado no bairro Vale San Fernando, com previsão de entrega em 2025. Serão 104 casas independentes, de 44 a 47 metros quadrados, com valores a partir de R$ 165 mil.
Para a construção das casas, a marca do interior paulista também adota a técnica Wood Frame, que utiliza madeira para fazer paredes com muitas camadas. Segundo Alex Hamada, o método é mais sustentável, devido ao menor uso de materiais poluentes, e também garante casas mais resistentes e com maior isolamento térmico e acústico.
“Isso proporciona um menor consumo de energia e mais qualidade de vida para os clientes”, relata.
Para o diretor, a nova tecnologia também é uma maneira de construir condomínios fechados em cidades menores e com preços mais acessíveis, voltados a uma parcela da população que até então não tinha esse tipo de moradia.
Marca divulgou decoração de casa construída pelo método off-site em Iperó (SP) — Foto: Alea/Divulgação
Durante entrevista ao g1, o diretor executivo destacou a segurança do método de construção off-site, à medida em que conta com funcionários especializados e equipamentos tecnológicos para fabricar os produtos e fazer verificações que nem sempre são possíveis dentro de um canteiro de obras.
Atualmente, a fábrica em Jaguariúna conta com aproximadamente 250 funcionários e Alex diz observar um crescimento exponencial no quadro de colaboradores, conforme aumenta a demanda de obras.
Até agora, a marca afirmou que já entregou os empreendimentos de Leme e Mogi das Cruzes. Em Itapetininga, as casas serão entregues em até três anos.
“Nós tivemos o lançamento na semana passada e vendemos quase 50% dos imóveis. Agora, as casas estão no processo de fabricação, aí o terreno será preparado, com toda a parte da fundação, água, esgoto e energia elétrica. E só depois as casas serão colocadas no terreno para o acabamento”, relata Alex.
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