Impressão botânica ou ecoprint é uma técnica de estamparia com o uso de folhas, caules, sementes e flores. Matéria-prima é o que não falta no sítio da Marcia Andrade, artesã.

Na hora da colheita ela nem precisa caminhar muito, o pomar é perto de casa. O interesse dela é nas folhas das árvores, como a uma mangueira.

No cajueiro, ela corta só algumas folhas, com cuidado para não prejudicar a árvore. Folhas vistosas são úteis, mas dá para aproveitar também até as que estão secas, como folha de eucalipto e de plátano.

A folha de plátano oferece diferentes oportunidades para criar, pois ela pode ter diferentes cores e tamanhos. O formato dela fica lindo na estampa.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 06/03/2022)

Depois da colheita, começa o trabalho no ateliê com uma peça de roupa preparada com uma mistura de vinagre, pedra hume, cal e acetato de ferro. Com o tecido úmido, ela vai colocando as folhas.

Nessa técnica, a distribuição das folhas não segue padrão. Mas ela coloca as folhas no verso, onde sai a substancia que colore a roupa.

O tecido é depois enrolado com cuidado, usando um suporte. O suporte é amarrado com rede de pesca para ficar bem firme. Em seguida, vai para a vaporização numa panela grande, onde deve permanecer de uma hora e meia a duas horas.

Depois de oito horas de descanso, as folhas são retiradas e deixam uma impressão única. O tecido vai para o varal. Depois de seco, pode ser enxaguado para colocar a peça em uso.

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