Lidar com a inflação no preço dos insumos tem sido um dos grandes desafios dos agricultores neste ano. Para fazer frente a este aumento, produtores rurais apostam em equipamentos mais tecnológicos e com maior eficiência na aplicação de fertilizantes e defensivos.
Atualmente, o Brasil depende de mercados externos importando cerca de 85% de fertilizantes, de acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) e mais de 70% dos defensivos utilizados para a produção.
“A sustentação que o agronegócio tem oferecido para a economia do país se deve, em grande parte, às facilidades promovidas pela aplicação da tecnologia, no que tem sido chamado de agricultura 4.0 e agricultura de precisão. São máquinas e equipamentos cada vez mais eficientes que tornam possível o aprimoramento das tarefas produtivas agrícolas”, comenta Gustavo Micheli, gerente de negócios de adubação da Jacto.
A operação de adubação vem ganhando inúmeros benefícios com a disponibilização de equipamentos e tecnologias que possibilitam precisão na dosagem, facilidade de regulagem e faixas de aplicação maiores e mais uniformes.
Uma dessas tecnologias é o controle automático de 12 seções. A ferramenta amplia as soluções disponíveis para o portfólio de adubação a lanço da Jacto, integrando os diferenciais tecnológicos da adubadora automotriz Uniport 5030 NPK e da adubadora tracionada Tellus 10.000 NPK.
A tecnologia permite a segmentação da faixa de aplicação em até 12 seções, controladas automaticamente. Trata-se de um sistema que traz para a operação de adubação uma importante redução no custo com fertilizantes.
“Ao fechar e abrir individualmente as diferentes seções, o equipamento minimiza as sobreposições nas entradas e saídas da bordadura”, explica Gustavo. “Com esta tecnologia, a redução do consumo de fertilizantes pode chegar a 15%, representando economia para o agricultor e maior proteção ambiental”, reforça.
A tecnologia permite melhorar expressivamente os resultados na agricultura — Foto: Divulgação/Jacto
A sobreposição é um problema no processo de pulverização que pode aumentar significativamente os gastos com defensivos químicos na lavoura.
Para termos uma ideia do desperdício que isso pode significar, considere uma propriedade que gasta R$ 50 mil com defensivos ao longo do ano. Levando em conta que a área de sobreposição geralmente fica entre 2% e 12%, no pior cenário, seriam R$ 6 mil jogados fora. Sem um controle eficiente, o produtor acaba aplicando o produto em locais que já foram tratados.
Felizmente, já existem métodos sofisticados que controlam a aplicação eletronicamente, como o sistema de controle de abertura e fechamento automático bico-a-bico e o controle automático de seções, em que a pulverização é ligada e desligada automaticamente ao entrar na área, ao sair do talhão, e ao passar em algum ponto onde já houve uma aplicação.
Com essas tecnologias, a redução de sobreposição de área já tratada pode chegar em 50%, com redução de até 10% dos custos atuais em defensivos agrícolas.
A adubação vem ganhando inúmeros benefícios com a disponibilização de equipamentos e tecnologias que possibilitam precisão na dosagem — Foto: Divulgação/Jacto
Outra tecnologia que vem chamando a atenção pela sua eficiência em diminuir o uso de insumos é o sistema conhecido como EletroVortex. A tecnologia, disponível para o pulverizador automotriz Uniport 3030 da fabricante Jacto, é composta pelo carregamento eletrostático mais a assistência de ar, que possibilita que as gotas de pulverização atinjam o alvo com mais eficiência. Isso permite que o pulverizador trabalhe com uma taxa de aplicação menor. Um outro grande diferencial da tecnologia é permitir aumento de depósito em até 2x mais no terço médio da planta e redução na deriva aerotransporta em até 35%.