De acordo com dados do 8º Baep, do total de prisões, 590 foram pessoas detidas em flagrante por crimes diversos. O número ainda é composto por 235 cumprimentos de mandados e pela apreensão de 73 adolescentes.

Sobre as prisões, os crimes que predominam são relacionados ao tráfico de drogas. De acordo com o major Marcelo Moura Leite, comandante interino do 8º Baep, “a droga tem circulado com bastante frequência nas mais diversas localidades”.

“Nós temos notícias de tráfico de drogas em cidades com 1.500 habitantes, por exemplo. Então, o crime mais prático no Estado de São Paulo, no Brasil, é relacionado ao tráfico, infelizmente, embora haja uma certa severidade na aplicação da lei, isso ainda não é o suficiente para fazer a contenção desse tipo de delito na sua prática e na sua substituição, porque você prende o traficante e aparecem outros para ocupar aquele lugar”, explicou ao g1 o major Marcelo Moura.

Em relação às apreensões, que totalizaram 4,8 toneladas de drogas, a grande parte é maconha. O entorpecente “é predominante em volume de transporte e consumo”, conforme colocou ao g1 o major comandante interino do 8º Baep.

As atividades operacionais registraram 38,4 mil pessoas abordadas e 7,3 mil veículos vistoriados. Essa prática é considerada importante, pois auxilia a prevenir crimes.

“Então, elas estão transportando arma de fogo, estão transportando droga, estão com intenção de praticar algum crime, por exemplo, contra a vida de alguém, e você consegue evitar que isso ocorra fazendo essas abordagens”, afirmou o major ao g1.

Ainda segundo o oficial, “naturalmente você conta com uma expertise dos policias que trabalham na rua porque, na verdade, ele olha muito ali, se atenta muito ao comportamento das pessoas, então a fiscalização do policial é muito importante nesse sentido”.

“A estatística diz que a cada mil abordados você tira uma certa quantidade de droga, você tira uma quantidade de armas, você tira pessoas procuradas da Justiça de circulação e isso ajuda a fazer, por exemplo, com que a nossa região seja uma das mais seguras do Estado”, salientou ao g1 o major.

Conforme observou o major, os Baeps são unidades novas inauguradas na Polícia Militar e leva um tempo para amadurecer e ganhar uma característica principal, de acordo com a sua região.

“Em três anos, já começamos a enxergar uma maturidade dentro da unidade de Ações Especiais aqui de Presidente Prudente e, ao longo do tempo, a tendência disso é melhorar. Então, deve melhorar a efetividade, a presença e a eficiência no resultado, que é o que a gente busca com os treinamentos”, salientou.

Para o 8º Batalhão de Ações Especiais de Polícia, “o plano é sempre manter o efetivo, a tropa preparada fisicamente e treinada para o enfrentamento dos crimes que têm previsão na nossa diretriz e criação, na norma que regulamenta as atividades do Baep”.

Nos próximos dias, treinamentos, solenidades e operações especiais devem ser realizados pelas equipes em alusão ao aniversário do batalhão.

Além das equipes de patrulhamento, o Baep conta com o Canil e a Cavalaria.

O Canil do 8º Baep é pioneiro no interior do Estado de São Paulo no uso de essências sintéticas em treinamento dos cães para a localização de drogas, explosivos e armas.

Com sede em Presidente Prudente (SP) e Assis (SP), o plantel conta atualmente com 24 cães que são utilizados no faro e no policiamento, em apoio a diversas modalidade da Polícia Militar e também de forma integrada a outras instituições, como Polícia Civil, Polícia Federal e penitenciarias da região.

O Grupamento de Polícia Montada atua no policiamento ostensivo e preventivo em diversas áreas consideradas estratégicas pela polícia, entre elas o Parque do Povo e a linha férrea – ocupada por traficantes e usuários de drogas.

Conforme o capitão Henrique Magalhães Ramos, em locais públicos, a altura “avantajada” do policial sobre o cavalo, possibilita um campo maior de visão, tanto do policial quanto das pessoas, o que garante “maior sensação de segurança, cabendo destacar que a Cavalaria desloca-se para outros municípios da área do CPI-8, reforçando policiamento em eventos e integrando-se a comunidade”.

Às segundas-feiras, a Cavalaria participa do Programa de Atuação Multidisciplinar na Reabilitação Equestre, em parceria com a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).

O projeto de equoterapia é destinado a crianças e adolescentes que apresentam necessidade de desenvolvimento das funções neuropsicológicas. Atualmente, o programa atende 16 crianças e adolescentes, número que deve ser ampliado com aquisição de novos equinos com adestramento adequado.

O 8º Batalhão de Ações Especiais de Polícia, subordinado ao Comando de Policiamento do Interior Oito (CPI-8), foi criado por meio do Decreto Nº 64.109, de 8 de fevereiro de 2019 e instalado em Presidente Prudente em 11 de abril de 2019, com o objetivo de atuar em apoio aos batalhões que já integravam o CPI-8.

Neste sentido, o Batalhão de Ações Especiais atua em 67 municípios que abrangem aos quatro batalhões subordinados ao CPI-8, estes sediados em Assis (SP), Dracena (SP), Presidente Prudente (SP) e Presidente Venceslau (SP). A população dessas regiões soma aproximadamente 1.200.000 habitantes.

A atuação do 8º Baep é direcionada a ocorrências de alta complexidade em toda a área do CPI-8, em operações especiais ou de grande envergadura, escolta armada de alta periculosidade; apoio às medidas de segurança por ocasião de visitas de chefes de Estado, ações de reintegração de posse, controle de rebeliões em estabelecimentos prisionais combate ao tráfico interestadual e internacional de drogas e armas e principalmente o combate nas situações que envolvam organizações criminosas.