O levantamento é do Instituto Trata Brasil e tem como base números do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Os dados mais recentes são de 2019 e foram divulgados em 2021.

O recorte foi feito pelo g1 por conta do Dia Mundial da Água, celebrado nesta terça-feira (22). No último ano com o percentual disponível, a perda de água na distribuição em nível nacional foi de 39,2%. Já em Bauru, o desperdício foi de 46,5% e, em Marília, ainda pior, 47,6% (veja no gráfico abaixo).

De acordo com o SNIS, o desperdício leva em conta o “volume de água disponibilizado que não foi contabilizado como volume utilizado pelos consumidores, seja por vazamentos, falhas nos sistemas de medição ou ligações clandestinas”.

Em Bauru, houve aumento do desperdício entre um ano e outro, já que em 2018 as perdas totalizaram 33,9%, o menor patamar de perdas na distribuição desde o início da série histórica disponível.

Em dez anos, a média de perdas na distribuição bauruense foi de 46,03%. O recorde de desperdício no município foi em 2012, com 52,2%.

Em Marília, entre 2018 e 2019 o desperdício de água na distribuição caiu de 51,5% para 47,6%. O pior resultado foi em 2016 (54,1%) e o melhor em 2010 (42,8%). A média de perdas em dez anos é de 47,71%.

O g1 procurou as prefeituras de Bauru e Marília para comentarem o problema e também questionou quais medidas serão adotadas, assim como quais os investimentos previstos para amenizá-lo.

A prefeitura de Marília informou que “possui pessoal próprio e terceirizados que trabalham em correções de vazamentos e no controle de perdas” e “vai continuar buscando cada vez mais melhorar o índice de perdas, para reduzir este números”. Já a administração municipal de Bauru não respondeu aos questionamentos feitos pelo g1.

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