Em Chavantes (SP), durante a madrugada desta terça-feira (14), criminosos invadiram a substação de energia da Companhia Paulista de Fiação e Luz (CPFL) para furtar fios de cobre, o que afetou o abastecimento de energia.
Por aproximadamente uma hora, o município ficou sem energia. Segundo a concessionária, o fornecimento já foi retomado, mas há casos onde a energia não foi normalizada.
Ainda segundo a CPFL, foi preciso distribuir a pouca energia que estava disponível pela cidade até o concerto dos fios e, com isso, a energia chegou com menos intensidade, suficiente para uso doméstico, mas não para uso em fábricas e indústrias.
O setor industrial ainda está sendo afetado, já que a energia na tensão não é suficiente para maquinários maiores. Por conta da instabilidade existe ainda o risco de danificação nos equipamentos.
Em entrevista à Tv Tem, o diretor industrial Anibal José Pedro Haib diz que os 220 funcionários da indústria que administra foram dispensados do trabalho, o que compromete também a entrega dos serviços aos clientes.
“Todos os nossos equipamentos que geram energia para a fábrica são trifásicos e nenhum deles está funcionando, seja compressores de ar ou motores. As perdas são incalculáveis, e isso gerou um transtorno muito grande”, conta.
Outra consequência para os moradores de Chavantes está relacionada ao abastecimento de água e os serviços de esgoto feito pela Saec. Segundo a empresa, o desligamento da energia por conta dos furtos causou a queima de uma bomba de um poço no bairro Santo Antônio, principal na cidade.
O Saec ainda não reestabeleceu a captação de água para o abastecimento e, por isso, a tendência é que falte água para os moradores do bairro.
Em Marília, um furto na fiação do DAE causou o vazamento de caixas de contenção de esgoto em bairros da zona norte — Foto: TV TEM /Reprodução
Já em Marília (SP), um furto de fios de cobre causou vazamento de caixas de contenção de esgoto em bairros da zona norte do município, como Montana e Maracá II.
O volume do vazamento tem, inclusive, invadido uma área de preservação ambiental que fica aos fundos do Departamento de Água e Esgoto (DAE), além de causar mal cheiro percebido pelos moradores da região.
Em entrevista à Tv Tem, um morador do bairro Montana diz que já faz quatro meses que vem percebendo o mal cheiro do esgoto e, mesmo acionando o DAE, a situação ainda não foi resolvida.
“O DAE não consegue dar suporte e atendimento para nós. É quase impossível ter uma refeição com a família por conta do mal cheiro que vem aumentando cada dia mais. O nível de esgoto é tão grande que contamina as áreas de preservação”, comenta.
Em entrevista a Tv Tem, o presidente do DAE, João Augusto de Oliveiro Filho,explicou que o problema piorou no dia 2 de dezembro deste ano por conta do furto da fiação e o prejuízo é estimado em R$ 80 mil. Além disso, ele diz que já foi aberta a licitação para resolver o problema.
“Já estamos em processo de compra de materiais para reinstalar o sistema de fiação que foi roubado do local. Acreditamos que em 10 dias o problema será resolvido”, afirma.
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