O motivo da anulação da reunião anterior foi que o advogado Jeferson Daniel Machado, responsável pela defesa da prefeita, apresentou um mandado de segurança pedindo o cancelamento de todas as decisões daquele dia.
O pedido foi embasado em uma legislação de 1967 que exige a presença do investigado em todas as reuniões de uma CP. E, segundo a defesa, Suéllen Rosin não foi notificada oficialmente dessa reunião e, portanto, não pôde participar para se defender.
Os vereadores que integram a CP decidiram, então, atender ao pedido da prefeita, orientados pelo consultor jurídico da Câmara. Com isso, a terceira reunião da comissão foi anulada e todo o processo daquele dia precisará ser refeito em um encontro marcado para esta quarta-feira (13), a partir das 16h.
Neste encontro, será feita a releitura dos documentos da defesa da prefeita e, mais uma vez, os três membros da CP vão definir se continuam ou não com as apurações.
Se dois dos três membros da CP votarem a favor pela continuidade, ainda nesta quarta-feira vai ser divulgado o cronograma de depoimentos, o que seria feito na reunião desta terça. A previsão é que na próxima semana todas as oito testemunhas de defesa sejam ouvidas.
Agora, os vereadores têm até o final de setembro para concluir as investigações da CP que podem terminar com a cassação do mandato da prefeita.
A CP foi aberta em 20 de junho e tem como base a Comissão Especial de Inquérito que ficou conhecida como CEI da Educação, aberta no início de fevereiro, para investigar a desapropriação de 16 imóveis por quase R$ 35 milhões para utilização pela Secretaria Municipal de Educação.
O relatório da CEI apontou supostos crimes de responsabilidades, falsidade ideológica e emprego irregular de verbas públicas que teriam sido cometidos durante processos de desapropriação. No plenário, esse relatório da CEI foi reprovado pelos vereadores por nove votos contra sete.