O Hospital de Esperança (HE) e a Santa Casa de Presidente Prudente (SP) firmaram um acordo de cooperação com o objetivo de permitir a continuidade dos atendimentos na unidade oncológica. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (26) quando foi exposta novamente a crise financeira pela qual a instituição passa, com déficit mensal de R$ 2 milhões. Para cortar custos, cerca de 180 colaboradores do HE também devem ser demitidos.
Conforme o HE, a parceria teve início neste mês e busca unir forças entre os dois hospitais de forma a “garantir a sustentabilidade financeira do Hospital de Esperança, que atualmente enfrenta um déficit mensal de R$ 2 milhões, colocando sua estrutura em risco”.
“As instituições otimizarão os recursos humanos e, em sinergia, aproveitarão o que cada uma tem de melhor para que toda população possa ser beneficiada. O Hospital de Esperança possui estrutura ociosa por falta de recursos e a Santa Casa enfrenta superlotação de leitos. Dessa forma, as instituições poderão, em conjunto, otimizar as atividades e beneficiar toda a população”, afirmou o HE.
Hospital de Esperança (HE) e a Santa Casa de Presidente Prudente (SP) firmaram um acordo de cooperação — Foto: Emerson Sanchez/TV Fronteira
Foi lembrado que a Santa Casa, como instituidora do Hospital de Esperança, “sempre se propôs a ajudar”. “A primeira grande ação ocorreu com a doação do terreno para a construção do HE – primeiramente como anexo da Santa Casa e depois, em 2010, como unidade independente, com cessão de mais uma área. Além disso, o credenciamento do HE ao Sistema Único de Saúde (SUS) só foi possível em razão do ato de solidariedade da Santa Casa, que abriu mão da sua habilitação em oncologia para que o HE pudesse obtê-la”, salientou.
O Hospital de Esperança é referência para moradores de 45 cidades em relação aos cuidados contra vários tipos de câncer.
Dos 399 colaborados, cerca de 180 serão demitidos. O HE informou que os desligamentos são para enxugar gastos e custos fixos.
As dispensas tiveram início nesta segunda-feira (25), pelo setor de enfermagem. Na manhã desta terça-feira (26), funcionários dos departamentos de engenharia, tecnologia da informação, compras, farmácia e limpeza também foram surpreendidos com os desligamentos.
Ano passado, a instituição chegou a ter 420 funcionários.