Durante mais esta rodada de depoimentos, Maria do Carmo foi questionada sobre os motivos da prefeitura ter usado o dinheiro para comprar novos imóveis ao invés de reformar as escolas que já existem.
Entre as respostas, a secretária explicou que as escolas atuais estão sucateadas e que demoraria muito tempo para reformá-las. Maria do Carmo finalizou sua participação dizendo que todo o processo foi legal, que não se arrepende de nada, e que faria tudo da mesma forma novamente.
No fim do ano passado, a Secretaria Municipal de Educação desapropriou 16 imóveis em Bauru. Os locais foram adquiridos para receber novas escolas, sedes administrativas ou garagens. O Executivo gastou R$ 34,8 milhões com essas desapropriações.
Na CEI, os vereadores estão questionando membros da prefeitura do porquê eles escolheram desapropriar os imóveis ao invés de fazer a compra e venda, processo que, segundo os parlamentares, seria o mais natural nestes casos.
Ao desapropriar um imóvel, a prefeitura dispensa o processo de licitação e não negocia com o proprietário, determinando ela o valor a ser pago.
‘CEI da Educação’: secretária Maria do Carmo Kobayashi defende processo de desapropriações — Foto: Reprodução/TV TEM
Para validar uma desapropriação, a prefeitura precisa justificar que aquele prédio é único e cumpre um interesse social. Os parlamentares questionaram se não existiam outros imóveis mais baratos para serem adquiridos.
Os membros da comissão também questionaram a secretária sobre de quem foi a ideia e também a autorização para fazer as desapropriações. Maria do Carmo disse que as indicações foram feitas pela pasta, mas que a “canetada” final foi da prefeita Suéllen Rosim (Patriota).
A entrega do relatório final da “CEI da Educação”, cumprindo o prazo de 90 dias desde sua instauração, deve ocorrer no dia 9 de maio. O colegiado ainda poderá prorrogar os trabalhos da comissão por mais 30 dias.
*Com informações de Anderson Camargo, da TV TEM.
Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília.