Caso Cohab: Justiça ouve depoimentos na ação penal que apura desvios milionários em Bauru | Bauru e Marília


Os desvios teriam ocorrido entre os anos de 2007 e 2019, quando foi deflagrada a Operação João de Barro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apreendeu mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro na casa do ex-presidente da companhia, Edson Bastos Gasparini Júnior, que é apontado como o operador do esquema.

A ação penal está em fase de instrução e foram ouvidas 23 testemunhas de acusação. No próximo dia 15 de fevereiro devem começar a serem ouvidas as testemunhas de defesa, entre elas autoridades e políticos da cidade.

Nesta etapa do processo é necessária para que as testemunhas confirmem ou não à Justiça o que já foi falado nos depoimentos durante as investigações. Ao final dos depoimentos das testemunhas e da fase de instrução, o Gaeco deve agendar o interrogatório das partes citadas.

A ação que tramita em primeiro grau apura suposto crime de peculato que teria sido cometido pelo ex-presidente da Cohab. A ação foi aceita pela Justiça com base nas investigações do Gaeco, que desencadeou a Operação João de Barro em dezembro de 2019.

Mais de R$ 1,6 milhão foram apreendidos durante operação do Gaeco em Bauru — Foto: Arquivo pessoal

Mais de R$ 1,6 milhão foram apreendidos durante operação do Gaeco em Bauru — Foto: Arquivo pessoal

Em nota, o advogado de defesa do ex-presidente da companhia, Leonardo Magalhães Avelar esclareceu que “a instrução criminal demonstrou cabalmente que a competência para apuração dos fatos é da Justiça Federal. As próprias testemunhas arroladas pela acusação foram uníssonas em esclarecer que a Caixa Econômica Federal possui ingerência total no fluxo financeiro da Cohab e seus mutuários.”

O advogado acrescentou também que “em suma, diante das provas obtidas na instrução, ao que tudo indica, a persecução penal não passa de perseguição política e pessoal travestida de ação penal, o que será demonstrado pelos Tribunais Superiores, assim como ocorreu recentemente na Operação Lava Jato.”

Operação João de Barro

Gaeco faz operação para combater desvio de dinheiro público na Cohab de Bauru — Foto: Giuliano Tamura/TV TEM

Gaeco faz operação para combater desvio de dinheiro público na Cohab de Bauru — Foto: Giuliano Tamura/TV TEM

As investigações apontam um esquema comandado pelo ex-presidente da Cohab com desvios criminosos e milionários de dinheiro diretamente do caixa da companhia, que foram praticados por mais de 12 anos ininterruptamente, entre 2007 e 2019, segundo os promotores.

No dia da operação foram apreendidos na casa de Gasparini, além dos mais de R$ 1,6 milhão, notas de euros, dólares e outras moedas estrangeiras.

Atualmente, bens do ex-presidente da Cohab, da mulher, da filha e da sogra dele, além dos de um ex-diretor da companhia que também são investigados, estão bloqueados pela Justiça. O bloqueio é de quase R$ 55 milhões de acordo com o valor que teria sido desviado pelos investigados. O Gaeco chegou a pedir a prisão de Gasparini em 2021, mas a Justiça indeferiu.

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Fonte: G1


08/02/2022 – Rádio Cidade FM

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