
Nas plantações de limão do noroeste paulista, o destaque é o Taiti, tão apreciado pelo brasileiro e que está em época de safra. Por causa do aumento da oferta, o preço caiu e o clima também não colaborou.
Em Itajobi (SP), capital do limão, Maurício Agostinho trabalha com a fruta há muito tempo, um negócio que passou de pai para filho. No ano passado, ele colheu 800 toneladas dos 5,5 mil pés. Um número bom, já que o clima não ajudou tanto.
Para 2022, Maurício acredita que vá produzir 10% a mais. Só que ele está preocupado com o custo da produção, que já subiu 60%, e com o valor pago pela caixa do produto, que caiu de R$ 30 para R$ 20.
É no estado São Paulo onde está a maioria dos limoeiros do Brasil, responsáveis por 74% da produção de limão no país. Outros estados também cultivam a fruta, como Minas Gerais e Bahia, mas em uma proporção bem menor. A fruta também é a terceira mais exportada.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 06/02/2022)
Produtores do noroeste paulista estão animados para a safra de limão
Foi justamente esse gosto pelo limão em vários cantos que fez muitos produtores apostarem na cultura nos últimos anos ou, até mesmo, a aumentarem a área plantada.
O pomar de Valdinei Aparecido Roque, por exemplo, ficou 50% maior nos últimos dois anos. Hoje são 20 mil pés, e essa realidade pode, sim, ter interferido no preço.
Mesmo assim, ele espera, nesse ano, aumentar a produção e colher duas mil toneladas. Torce também para que o clima colabore. Juliano Gerlach, engenheiro agrônomo, conta que, nos dias de hoje, essa é a grande preocupação do homem do campo.
Valdinei também está atento aos custos, que aumentaram, e de olho no preço que vai receber pelo produto. Ele está animado, pois acha que o valor deve subir nos próximos meses.