Uma ação civil pública protocolada na Vara da Fazenda Pública de Bauru (SP), com pedido de tutela antecipada através da concessão de liminar, tenta impedir que a Universidade de São Paulo (USP) e o governo do estado sejam impedidos de colocar em prática a desvinculação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC), conhecido como Centrinho.
A ação, proposta pela Rede Profis (Rede Nacional de Associação de Pais e Pessoas com Fissura Labiopalatina), pede que seja declarada a nulidade da decisão, aprovada em agosto de 2014 pelo Conselho Universitário da USP, que definiu a saída do Centrinho do organograma da universidade.
A decisão de oito atrás também determinou que o Centrinho passaria para o estado, através da vinculação ao futuro Hospital das Clínicas (HC), que será administrado pela Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa), organização social (OS) que já administra o HC da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
A Rede Profis alega que a aprovação da desvinculação do Centrinho foi feita em uma votação com número inferior de conselheiros que o previsto no estatuto social da universidade.
A ação também afirma que a desvinculação representa “risco à sociedade, de forma específica aos pacientes que dependem do tratamento de excelência e gratuito proporcionado pelo Centrinho, em nível nacional e internacional”.
Consultada, a Secretaria do Estado de Saúde afirmou que ainda não foi notificada da ação e que “o processo de transição com a Faepa para a futura administração do HC de Bauru está em andamento”. Também consultada, a assessoria da USP ainda não se manifestou sobre o caso.