
A Justiça reconheceu o dever da prefeitura de Jaú de prestar atendimento habitacional temporário às famílias atingidas pelas enchentes no final de janeiro. No período, a região foi atingida por fortes chuvas que deixaram um morador morto após ter a casa inundada pelas águas e outro desaparecido.
A prefeitura, agora, tem um prazo de 72 horas para que se manifeste informando se foi concedido o auxílio moradia, aluguel social, abrigo provisório mediante cessão gratuita às 62 famílias atingidas listadas pela Defensoria Pública.
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Com risco de novas enchentes, Defesa Civil monitora nível do Rio Jaú que voltou a transbordar nesta quarta-feira — Foto: TV TEM /Reprodução
Na quarta-feira (16), a Defensoria Pública ajuizou uma ação civil pública para que a Justiça determinasse a criação e implantação de programas habitacionais no município para fazer valer o direito à moradia digna de pessoas em situações de vulnerabilidade, em especial as vítimas de calamidades públicas decorrentes de eventos climáticos extremos.
Em decisão proferida nesta quinta-feira (17), o Juiz Guilherme Eduardo Mendes Tarcia e Fazzio, da 4ª Vara Cível de Jaú acolheu os argumentos da Defensoria.
“Há décadas de repetição da ocorrência e não se operou a adoção de nenhuma solução por projeto de planejamento minimamente racional para uma situação conhecida, crônica, repetida e, o mais grave, com maior ou menor intensidade, esperada”, pontuou o Magistrado.
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Chuva transformou ruas de Jaú em um verdadeiro rio — Foto: Marcelo Risso/ TV TEM
A Justiça determinou também que a prefeitura informe se houve atendimento a essas famílias pelas equipes técnicas do município e elaboração de laudo pela Defesa Civil. O Defensor Luis Gustavo Fontanetti avaliou a decisão como positiva.
“Agora, em síntese, a prefeitura tem 72 horas para pôr em prática o discurso oficial de que irá conceder moradia temporária às famílias desalojadas pela enchente, sanando a omissão ilegal que até agora está ocorrendo”, disse.
De acordo com informações da Defesa Civil, cerca de 500 famílias tiveram suas casas atingidas pelas enchentes ocorridas entre o final de janeiro e o início de fevereiro em Jaú. Muitas dessas famílias tiveram que desocupar suas residências por causa do risco de novas inundações ou da impossibilidade de lá permanecer enquanto não providenciados reparos e limpezas necessárias.
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Casa foi invadida pela enxurrada e morador morreu afogado em Jaú — Foto: Marcelo Risso / TV TEM
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